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Um fato pouco conhecido no maior país católico do mundo é o de que a Igreja Católica Romana – cujos ritos e tradições foram amplamente incorporados à cultura brasileira – é apenas uma das 24 igrejas católicas existentes. Tratam-se das Igrejas Orientais, nascidas da experiência de diferentes povos com a fé católica. Todas são subordinadas ao Papa Francisco e professam a mesma fé, ainda que sejam autônomas e possuam líderes, ritos e costumes próprios. Na maioria delas, por exemplo, padres são autorizados a contrair matrimônio. Estima-se que cerca de 18 milhões de católicos façam parte destas igrejas.
Nascida da tradição bizantina e sediada em Kiev, capital da Ucrânia, a Igreja Greco-Católica Ucraniana é a maior delas, e conta com cerca de 5 milhões de fieis espalhados pelo mundo – alguns deles, reunidos em eparquias (o equivalente às dioceses na Igreja Latina) no Paraná e em Santa Catarina. Eleito Arcebispo-Maior de Kiev-Halyc em 2011, Sua Beatitude Sviatoslav Shevchuk é o líder da Igreja Ucraniana, e conversou com a Gazeta do Povo com exclusividade sobre os desafios enfrentados pelas igrejas orientais e suas contribuições para a Igreja Católica Romana. Leia, abaixo, a entrevista.
Gazeta do Povo - Embora tenhamos uma grande comunidade católica ucraniana nos estados do Paraná e de Santa Catarina, no Brasil, não sabemos muito sobre as Igrejas Orientais. Então, para começar nossa conversa, gostaria que Sua Beatitude nos explicasse: o que significa ser um greco-católico ucraniano?
Sua Beatitude Sviatoslav Shevchuk — A história da nossa Igreja começou em 988, quando o príncipe de Kiev decidiu aceitar o Cristianismo não só para si, mas para o Estado. Isso aconteceu antes do Grande Cisma entre o Ocidente e o Oriente, que resultou no nascimento da Igreja Católica Ortodoxa. Nós recebemos nossa fé de Constantinopla, e desta Igreja Mãe veio a nossa identidade, a nossa tradição e os nossos ritos, o que inclui não só a cerimônia, mas as tradições teológicas e litúrgicas, nossos cultos e a sucessão canônica dos bispos.
Depois desta triste divisão entre Constantinopla e Roma, por muitos séculos a cidade de Kiev foi mantida fora desse conflito, ao qual meus antecessores viam literalmente como uma discussão entre gregos e romanos. Para nós, não era uma divisão tão clara: um exemplo disso foram os muitos casamentos entre a família de nosso príncipe Yaroslav Mudre e famílias reais católicas latinas.
Assim, em 1596, após a queda de Constantinopla, nossos bispos buscaram uma comunhão mais ampla, porque nossas terras foram tomadas por muitos grupos protestantes. Tentando encontrar seu lugar nesta nova situação após o Concílio Tridentino, eles decidiram entrar em comunhão com Roma.
Hoje, somos mais de 5 milhões de católicos ucranianos dentro e fora da Ucrânia. Recebemos o apelido de “greco-católicos” porque, quando a Ucrânia foi dividida entre três estados diferentes - Rússia, Prússia e Áustria – os austríacos queriam deixar clara a distinção entre católicos romanos e católicos bizantinos. Então, nos tornamos greco-católicos ucranianos, mas nós não somos gregos!
Fora da Ucrânia, mesmo na Argentina e no Brasil, nosso nome correto é Igreja Católica Ucraniana. E por ucraniano entendemos não apenas nossa origem étnica, mas também nossa tradição bizantina, que ainda conservamos como nossa marca fundamental da identidade da Igreja, embora estejamos em plena comunhão com o Santo Papa Francisco.
Estamos vivendo na chamada sociedade pós-moderna - alguns dizem que vivemos na sociedade pós-verdade. Em teoria, católicos têm o dever de proclamar uma verdade que é bastante objetiva, na contramão do relativismo. Que tipo de contribuição as tradições bizantinas podem oferecer nesse sentido?
É preciso pensar, em primeiro lugar, o que significa ser católico? Ser católico não significa estar vinculado a apenas uma tradição: a Igreja Católica é muito maior do que isso. Em segundo lugar, embora tenhamos sido abençoados com a experiência milenar de sermos discípulos de Cristo, devemos enfrentar o desafio contínuo de interpretar e encarnar a riqueza da nossa fé em novas circunstâncias.
Minha primeira pergunta quando vim para a América Latina foi “o que significa ser um cristão oriental para a cultura latino-americana?”. Porque, você sabe, mesmo estes parâmetros geográficos - Leste e Oeste - não funcionam ao Sul do globo. Essa é uma orientação tipicamente europeia, e a América Latina tem seu próprio charme, sua própria identidade. Então, como podemos ser atraentes para todos? Que tipo de linguagem devemos adaptar para nos comunicarmos bem?
Nós católicos - bizantinos ou romanos - sempre corremos o risco de nos tornarmos um museu de imigrantes que trouxeram para o Brasil um punhado de coisas estranhas do velho mundo e, entre essas tradições folclóricas, uma forma diferente de religiosidade. Isso não é suficiente. Como, então, ser cristãos vibrantes? Esse foi o meu desafio de contínua inculturação: a encarnação da fé cristã na nova realidade.
O terceiro ponto – que penso ser bastante importante - é que nós, como cristãos, acreditamos na encarnação da Palavra de Deus. O filho de Deus se fez carne, participou da história de pessoas concretas. E a Igreja é a continuação disso. Temos de ser muito sensíveis às novas línguas, às formas de expressar a sua religiosidade, que é completamente diferente do que fazemos no Leste da Europa. E quando encontrarmos este lugar de encontro, esta conexão específica, entre passado e presente, divino e humano, Oriente e Ocidente, história cristã e futuro cristão, seremos capazes de cumprir nossa missão cristã no mundo de hoje.
A Igreja Católica latina está prestes a iniciar um Sínodo que pretende incluir a consulta mais ampla já feita, a fim de ouvir as necessidades mais urgentes dos líderes, paróquias e comunidades; enquanto a Igreja Católica Grega Ucraniana acaba de encerrar seu último Sínodo. Como observador, que tipo de desafios você acha que podem surgir do Ocidente que não são tão familiares para as Igrejas Orientais?
Talvez eu te surpreenda com minha resposta, mas devo dizer que nós, como igreja de tradição bizantina, realizamos Sínodos com muita frequência, a ponto de nos entendermos como uma igreja sinodal. E há uma razão histórica para isso. Quando eu cresci, ainda sob o domínio da União Soviética, nossa igreja era ilegal e funcionava, literalmente, nas catacumbas. Não tínhamos templos para adorar e, para mim, quando criança, estar na Igreja significava estar com a comunidade. Não era a estrutura, nem o templo visível, mas a comunidade vibrante que celebrava a mesma fé, especialmente no momento da Eucaristia. Esta foi minha primeira impressão sobre o próprio significado da Igreja.
É claro que essa comunidade tem seu próprio dinamismo que acaba por produzir novas estruturas, novas formas de se reunir e de organizar a vida cotidiana. Na Igreja Ortodoxa - a Igreja que não está em comunhão com Roma - eles têm uma cultura sinodal mais forte: no passado, eles elegiam seu bispo, seus padres e assim por diante, de forma muito semelhantes aos protestantes no que diz respeito para a vida administrativa da Igreja.
Como católicos orientais, estamos no meio da democracia ortodoxa e da monarquia romana. É importante recordar que um Sínodo não é um Parlamento: a Igreja não é uma democracia liberal. Existem certas maneiras de organizar a vida desta comunidade, mas todos estão incluídos. Em nossas paróquias, é esperado que o povo coopere com o sacerdote. O padre nunca deve se enxergar como um governante único, que diz o que todo mundo tem que fazer.
E é muito interessante o fato de que muitas vezes, em diferentes países, como no Brasil, nossos irmãos católicos romanos nos pedem para compartilhar nossa experiência. Todos têm o direito de falar, mas também todos têm o dever de anunciar a palavra de Deus e de encarnar a fé cristã na própria vida. Acredito que se não tivéssemos essa cultura de corresponsabilidade pela vida da Igreja, não teríamos sobrevivido ao tempo da perseguição comunista.
Quais são os maiores desafios que a Igreja Ucraniana e as Igrejas Orientais em geral devem enfrentar hoje?
O primeiro é o desafio da secularização. Especialmente entre os mais ricos, as pessoas estão ficando cada vez menos sensíveis às questões transcendentais. E isso é um desafio, porque é preciso evangelizar constantemente nesta nova forma de ser cristão.
Por outro lado, como Igreja ucraniana, experimentamos intensamente as consequências da globalização, uma vez que o nosso povo está sempre migrando. Estamos vivendo uma profunda transformação de uma Igreja estática para uma Igreja dinâmica.
A primeira onda de globalização do nosso povo foi século 19, quando os primeiros imigrantes foram para o Brasil, Argentina, Canadá, Estados Unidos e assim por diante. O Arcebispo da época precisou alcançar essas pessoas, ele foi forçado a convencer o Santo Padre e o bispo local a aceitar padres ucranianos, e isso não foi uma tarefa fácil, porque a maioria de nossos padres são casados. Ter um clero casado entre a comunidade católica romana e fazer com quem fossem considerados padres autênticos foi um profundo desafio para a mentalidade de cem anos atrás. Na verdade, é um desafio até hoje.
Além disso, hoje nosso povo está espalhado pelo mundo inteiro: na África, nos países muçulmanos do Golfo, por todo o território do Oriente Médio, Japão, Cingapura, Tailândia, etc. Tem sido muito desafiador estar à frente desta igreja global e responder às necessidades daquelas pessoas que me imploram: “Por favor, envie-nos um padre”. É importante também considerar que, muitas vezes, para estes imigrantes, nossa Igreja é o único espaço que os protege e que se pronuncia a favor dos seus direitos.
Diante de todo esse processo de globalização, o maior desafio é manter a unidade. Se somos cristãos, não devemos apenas nos espalhar, mas também permanecer juntos, porque Igreja significa comunhão. Este é, inclusive, o tema que discutiremos no nosso próximo Sínodo, cujo o principal slogan será: “Sua Igreja está sempre com você, onde quer que você vá”.
Como Sua Beatitude interpreta a recente decisão do Papa Francisco de limitar a celebração das Missas em Latim? Onde está o equilíbrio entre reformar os ritos e preservar seu valor interior?
Isso sempre foi um desafio para a Igreja: discernir o que é para para sempre e o que pode ser mudado. Respondendo à sua pergunta: claro, há algumas coisas nas celebrações que devem permanecer intocáveis – coisas que não cabem às decisões humanas pois vêm da lei divina, foram decisões divinas. Jesus Cristo se ofereceu como pão e vinho, por exemplo. E é assim que Ele se doa a nós na espécie eucarística.
Mas também devemos considerar que, nas diferentes tradições da Igreja, as celebrações eclesiais guardam significados diferentes. No rito bizantino, a celebração eucarística é um ícone da realidade celeste. Não é uma simples cerimônia humana, inventada pela corte de algum rei do século IX. É como um ícone que representa o que experimentaremos na realidade celestial. Por isso, quando você visita uma Igreja Bizantina, tem a sensação de que está visitando o Céu na Terra.
Para representar nossa fé ao cristão do terceiro milênio, muitas vezes temos que usar a língua e a música locais. Temos que adaptar alguns símbolos para nos expressarmos melhor. Deixe-me dar alguns exemplos: para dar uma bênção, nós usamos uma combinação especial dos dedos criando um pictograma de quatro letras gregas, que formam o nome de Jesus Cristo. Fazemos o sinal da Cruz compondo dedos assim (Sua Beatitude faz o gesto, com os dedos polegar, indicador e médio juntos, com anelar e o mindinho junto à palma). Os três dedos ligados entre si significam as três Pessoas da trindade divina e os dois ligados à palma da mão significam as duas naturezas da encarnação de Cristo - humana e divina. Aprendi isso com minha avó que, em segredo, me ensinava a fazer o sinal da Cruz.
É assim que devemos encarnar nossa fé em diferentes culturas: às vezes, adotando novas formas específica de mover nossos corpos, nossos gestos, para a adoração. Já percebi que o povo latino-americano é muito dado ao toque: lembro-me de quando estava visitando uma catedral católica romana em Posadas, na Argentina, e havia a exposição da Eucaristia no altar. Fiquei escandalizado porque as pessoas se aproximavam e tocavam o ostensório com as mãos. Eu pensava: “Nossa! Como pode ser?" Mas essa era a forma como elas entravam em contato com o sagrado. Eu diria que a religiosidade instintiva natural das pessoas de diferentes países deve ser levada em consideração.
Em relação à missa em latim, devo dizer que este não é um desafio nosso porque já passamos desse assunto há muitos anos. O desafio atual é traduzir nossa liturgia para a língua portuguesa no Brasil, para o espanhol na Argentina, para as diferentes versões do inglês no Canadá, na Austrália e nos Estados Unidos.
Quanto à restrição que o Santo Padre impôs para o uso da Missa em latim, eu diria que é uma espécie de vigilância da unidade da Igreja. Muitas vezes as pessoas dizem “Deus só vai te atender se você orar nessa língua”, e isso não pode estar mais longe da verdade. Não devemos estar focados na preservação de algumas relíquias litúrgicas do passado, como se elas fossem necessariamente mais autênticas do que a forma de celebrar a Eucaristia que a Igreja nos propõe hoje. Acho que o Santo Padre está tentando nos ensinar a chegar ao significado íntimo da celebração divina.
Recentemente, vimos algumas notícias desanimadoras sobre a Igreja Católica Latina na Europa Ocidental. Na França, muitas vezes descrita como a "filha mais velha da Igreja", são investigados pelo menos 200 mil casos de pedofilia. No Brasil, centenas de casos surgem todos os anos. Parece-me que as Igrejas Orientais são menos afetadas por esta ferida. Como devemos enfrentar esse desafio?
Devo dizer que os pecados são os mesmos no Ocidente e no Oriente, e que o fenômeno da pedofilia é lamentável. No passado, não tínhamos uma compreensão clara do que se tratava e, muitas vezes, esses predadores usaram de diversas maneiras para se aproximar das crianças. Temos que admitir que muitas vezes isso aconteceu através da Igreja, porque era o caminho mais fácil. E preciso dizer que os bispos - e posso dizer francamente porque sou um deles - nem sempre foram capazes de lidar com essa questão da maneira adequada.
Hoje, com o desenvolvimento das ciências psicológicas podemos afirmar que a pedofilia não é apenas um pecado e um crime, mas também uma doença mental que pode ser tratada, mas é quase impossível de ser completamente revertida. Através deste entendimento, podemos desenvolver formas de impedir pedófilos tenham acesso ao sacerdócio, além de lidar com aqueles que são nossos sacerdotes e com suas vítimas, tornando a Igreja um lugar mais seguro para todos.
Essas são questões muito importantes e não devem ser consideradas só pela Igreja Romana. Nossa tradição pode ter formas diferentes de preparar os candidatos ao sacerdócio, além de aceitar um clero casado, mas isso não impede o surgimento dos casos de pedofilia. Não podemos esquecer que as estatísticas revelam que a maioria desses casos acontece na família. Portanto, não há uma ligação direta entre o celibato e a pedofilia. Precisamos aprender mais sobre a psicologia humana e produzir políticas mais eficazes para expressar tolerância zero a esse comportamento.
Devo dizer também que na Ucrânia e em outros países pós-soviéticos, ainda sentimos as consequências de décadas de regime totalitário. Em um sistema totalitário, cada burocrata pode tornar-se um ditador e tentar abusar psicologicamente, financeiramente, até mesmo sexualmente, daqueles que estão sob seu controle. E esta é uma ferida do passado que continua a ser reproduzida. Em todo país, grupo ou sistema totalitário, ou mesmo em uma seita na qual alguém detém o controle total sobre os outros sem restrições, sempre haverá a tentação de abusar de seu poder.
É por isso que o Santo Padre vem dizendo com frequência que, especialmente na Igreja Católica Romana, o clericalismo pode ter aberto este espaço para o abuso de poder, ainda que ele ocorra em diferentes grupos. Você deve saber que estamos em guerra contra a Rússia há mais de 7 anos. Com as invasões constantes, a população também é vítima de abusos. É por isso que digo que somos humanos aqui na Ucrânia da mesma forma que você é no Ocidente, com os mesmos pecados e problemas.
A Igreja Católica Ocidental também sofre com uma escassez progressiva de padres, especialmente nas áreas rurais ou florestais, alcançada apenas por missionários protestantes. Sempre que a ideia de tornar o celibato opcional é levantada, alguns grupos conservadores a descartam como uma afronta profunda à missão da Igreja. Eu gostaria de ouvir sua opinião a respeito.
Não vou criticar ninguém e nem oferecer uma solução fácil para as diferentes questões da Igreja latina, mas darei alguns testemunhos de nossa própria experiência. Sim, em nossa igreja temos a possibilidade de escolher entre a vida familiar e o celibato. Mas devo dizer que as duas escolhas trazem problemas. Há um mito de que um clero casado trará mais vocações e isso não é verdade de jeito nenhum. O sacerdócio é uma vocação muito específica, assim como a vida familiar, e reunir os dois não é uma tarefa fácil.
Por dez anos, fui diretor de um seminário onde a maioria dos meus seminaristas depois se tornariam padres casados. E não foi fácil prepará-los para o sacerdócio, para servir a comunidade e também para ser um bom marido e pai. Esse discernimento entre o celibato e a família exige muito conhecimento, um bom conselheiro e diretor espiritual, além de muita liberdade interior, porque haverá desafios diferentes.
Por exemplo, como bispo, preciso dar apoio e formação contínua ao meu clero. Tenho padres casados fantásticos, especialmente no território missionário, onde o sacerdote com sua família, sua esposa e seus filhos são como um embrião de uma nova paróquia, onde todos são agregados posteriormente. O testemunho missionário deste padre é algo muito autêntico. Por outro lado, em nossa sociedade, a própria instituição da família está sob intenso ataque. Você consegue imaginar as consequências caso este padre e sua família falhem? Para que um homem casado seja ordenado ao sacerdócio, é essencial que a comunidade o apoie, especialmente neste mundo globalizado onde impera um individualismo agressivo.
Mas devo dizer que se você estiver vivendo sua vocação, nunca estará sozinho: seu Senhor e Criador e aqueles a quem você serve estarão sempre ao seu lado. A vida cristã exige que se nade contra a corrente. Seja em família ou no celibato, é uma receita contra a solidão do terceiro milênio.
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