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Há sete anos, recebi a ligação que todos os pais temem: perdi minha filha por causa de um motorista que estava num estado mental alterado depois de consumir maconha “legalizada”. Com a recente crise do cigarro eletrônico de maconha, temo que outros pais possam perder seus filhos se não impedirmos o crescimento da indústria da maconha.
Em todo o país, cada vez mais doenças e mortes relacionadas ao cigarro eletrônico têm deixado as autoridades perdidas na busca por uma solução para o problema que eles deveriam ter previsto.
Depois de anos de alegações duvidosas tanto da indústria do cigarro eletrônico quanto da maconha, estamos agora sofrendo as graves consequências. Os Estados Unidos estão começando a despertar para alguns desses problemas. Isto é, todos menos a indústria bancária, que vê uma grande oportunidade de investimento na legalização da maconha.
Enquanto pais como eu estão perdendo seus entes queridos, a indústria da maconha e seus defensores estão fazendo pressão por um projeto de lei que garante um investimento maior para ela. Tabacarias do Óregon e Colorado estão tirando rapidamente cigarros eletrônicos contaminados das prateleiras, enquanto os produtores de maconha enviam o excedente da maconha de alta potência para estados onde a droga não é legalizada.
Lei da Segurança Bancária
A indústria bancária está fazendo pressão sobre o senador Mike Crapo, republicano de Idaho. Na verdade, Crapo anunciou recentemente que seu comitê sobre o assunto no Senado vai analisar uma legislação que conta com o apoio da indústria da maconha, enganadoramente chamada de “Lei da Segurança Bancária”.
A legislação, que criaria uma exceção na lei bancária dos Estados Unidos para permitir que os bancos ofereçam empréstimos para empresas de maconha embora isso continue sendo crime perante a lei federal é parte de um esforço agressivo para se comercializar a maconha superpotente de hoje em dia.
Isso daria às lojas de maconha e às matrizes acesso a mais capital para realizarem investimentos, ainda que a ciência médica tenha provado que a maconha é viciante e prejudicial e está sendo usada cada vez mais cedo pelas pessoas na forma de cigarros eletrônicos. Hoje a maconha não é a droga que havia em Woodstock.
Enquanto mãe, para mim é difícil entender por que os legisladores acham que agora, diante de uma epidemia de drogas, é uma boa hora para promover uma lei que na prática legaliza e recompensa a indústria da maconha.
Óleos e cigarros eletrônicos
A crise do cigarro eletrônico é maior do que a crise do tabaco aromatizado. Os óleos à base de maconha respondem por mais de 80% dos casos das misteriosas doenças pulmonares.
Os centros de controle e prevenção de doenças têm alertado para o uso de qualquer forma de óleo à base de THC em vaporizadores. Até mesmo o porta-voz da Associação Norte-Americana de Vaporizadores alertou o público: “Se você não quer morrer ou acabar no hospital, deixe de usar óleos ilegais à base de THC agora mesmo”.
Alguns correm para culpar o mercado negro, mas ao menos três mortes e vários casos de doenças pulmonares estão associados a produtos “legalizados”.
O senador Crapo cogita aprovar uma legislação que provocará uma expansão do mercado da maconha sem tratar das consequências de longo prazo, o que é a marca registrada da indústria tabagista e farmacêutica.
A Lei da Segurança Bancária não percebe a prática da indústria de contornar regulamentações estaduais para continuar vendendo óleos aromatizados potencialmente letais e doces à base de maconha que atraem crianças. Não deveríamos recompensá-la com essa nova legislação.
Se Crapo e outros senadores derem poder à indústria da maconha, eles estarão legando aos norte-americanos toda uma vida de consequências negativas.
Vamos prevenir o uso de drogas, não promovê-lo.
Corinne Gasper perdeu a filha para um motorista sob efeito de maconha e hoje é ativista na Smart Approaches to Marijuana, que se opõe à legalização do uso recreativo da maconha.