Ao liberar a venda de 18 estações de rádio de língua espanhola para um grupo ligado ao bilionário George Soros, o governo Biden está entregando milhões de ouvintes desavisados a ativistas de extrema-esquerda. O motivo? Os hispânicos continuaram sua migração geral rumo à direita nas eleições de meio mandato em novembro -- uma evolução que esfacela o script da esquerda.
A esquerda, então, tem uma reação dupla a essa tendência: limitar a escolha dos ouvintes de língua espanhola e pintar a opinião conservadora como desinformação. "Há um problema massivo de desinformação na mídia de língua espanhola", tuitou Jen Psaki no dia seguinte às eleições de meio mandato. Jen Psaki foi secretária de imprensa do Presidente Joe Biden e agora é uma analista da MSNBC. [A MSNBC, abreviação de Microsoft National Broadcasting Company, é uma TV por assinatura e um canal noticioso da mesma TV, que cobre os Estados Unidos e o Canadá. (N. t.)]
Por que não opor argumentos conservadores a argumentos esquerdistas, em vez de censurar ou caluniar os oponentes? Porque isso beira o impossível. Tente defender o socialismo, a sexualização de crianças, a racialização de tudo na vida, ou regredir em nome das mudanças climáticas.
Então, em vez disso, a Comissão Federal de Comunicações, uma daquelas partes aparentemente independentes de nossa burocracia permanente, na qual Biden indica o diretor, decidiu, em 21 de novembro, aprovar a venda de 18 estações de rádio da TelevisaUnivision para a Latino Media Network. [Essa Comissão, conhecida pela sigla FCC, existe desde 1934 e foi criada para substituir a Comissão Federal do Rádio, de 1927. Os EUA têm agência reguladora de mídias desde a década de 20. O equivalente do FCC no Brasil é a Anatel, criada em 97 por FHC. (N. t.)]
A Latino Media Network obteve um financiamento de dívidas com o Lakestar Finance LLC, um grupo de investimentos associado ao Soros Fund Management, uma firma de gerenciamento de investimentos fundada por George Soros, um multibilionário que gasta livremente sua vasta riqueza com causas de extrema-esquerda. Com o passar do tempo, Soros transferiu 32 bilhões de dólares para a sua Open Society Foundation, que financia projetos nefastos ao redor do globo.
Por exemplo: Soros está profundamente envolvido em financiar associações como a Aliança Nacional das Trabalhadoras Domésticas, que à primeira vista existe para organizar as domésticas dos EUA, mas na verdade é uma engrenagem no vasto maquinário marxista deste país. Tal Aliança é explícita quanto ao fato de organizar trabalhadoras domésticas porque a maioria "é de mulheres de cor e imigrantes", categorias miradas por organizadores desde o advento da Nova Esquerda, nos anos 60.
Foi a Aliança das Domésticas que enviou uma de suas maiores operadoras, Alicia Garza, uma cofundadora do Black Lives Matter (BLM), para Ferguson, Missouri, em 2014, depois da morte de Michael Brown, para que ela se organizasse com outros grupos socialistas e transformasse o movimento BLM numa rede.
A Aliança das Domésticas também tem Jess Morales Rocketto como diretora política. Foi Rocketto que levantou 80 milhões de dólares para criar a Latino Media Network, que ela fundou junto com Stephany Valencia, uma ativista do Partido Democrata. Rocketto agora é a co-executiva do quadro da empresa de mídia.
Por que a Aliança das Domésticas financiada por Soros está se envolvendo com a difusão de mensagens? Porque, como diz a seu próprio respeito, "para a Aliança Nacional de Trabalhadoras Domésticas, uma estratégia focada em mudar as crenças e modelos mentais que ajudem as pessoas a entender o mundo é um fim em si mesma".
Rocketto é uma parceira de longa data de Garza. Trabalharam juntas em muitas organizações de extrema-esquerda além da Aliança de Domésticas. As duas colaboradoras fundaram juntas a Supermajority, que mobiliza eleitores em prol da esquerda marxista.
A Aliança das Domésticas, e Rocketto em pessoa, estimularam os hispânicos a comparecer em protestos do BLM, que em 2020 terminaram em quebra-quebra em mais de 600 ocasiões. Em 20 de julho de 2020, a Aliança das Domésticas participou da “Greve por Vidas Negras”, na qual sindicatos tomaram parte numa greve geral em 25 cidades.
Rocketto também estimulou seus seguidores latinos a participarem da insurreição de 2020, o distúrbio civil mais custoso na história dos EUA, e a seguir a liderança do BLM de modo geral. Ela fez o mesmo em Ferguson em 2014.
Tudo isso será um choque para os ouvintes da Radio Mambi, uma da rádios conservadoras que o FCC agora deixará a empresa de Rocketto comprar e, com o tempo, eviscerar. A audiência da Mambi consiste majoritariamente em vítimas do marxismo, muitas delas tendo escapado de Cuba e da Venezuela.
O BLM idolatra os ditadores comunistas desses países, o que significa que sua nova afiliada em Miami, a Latino Media Network, terá um prazer especial em jogar sal na ferida dos ouvintes da Mambi. Tudo uma cortesia de Soros. A Latino Media sem dúvidas também irá censurar as notícias dos ouvintes, da mesma maneira que Fidel Castro e Nicolás Maduro. A diversidade de pontos de vista leva a escolhas esclarecidas na cabine de votação. Não podemos tolerar isso.
Afinal de contas, os eleitores hispânicos da Flórida este ano catapultaram o Governador Ron DeSantis, Republicano, para uma inaudita vitória de 20% de vantagem, com cubano-americanos apoiando o governador a uma taxa estratosférica de no mínimo 68%. Isto levou Psaki, que consegue enxergar algo quando não está desinformando sobre desinformações, a proclamar que "o voto latino não é mais igual em todo canto! … O socialismo não tem mais apelo lá [na Flórida]."
Com certeza não tem, mas teria sido mais preciso Psaki dizer que o "voto latino" na verdade não existe. De modo geral, o voto hispânico nos Republicanos estava entre 40 e 60%, algo como um pico, e um salto de 50% desde os parcos 27% de Mitt Romney uma década atrás. Mas isso não explica nada.
Venezuelano-americanos e porto-riquenhos na Flórida se somaram aos cubano-americanos na votação Republicana. Assim fizeram muitos mexicano-americanos no Vale do Rio Grande, no Texas. Mas mexicano-americanos impulsionaram a vitória dos Democratas no Arizona e em Nevada, que não têm rádios conservadoras poderosas em espanhol como a Flórida.
E esta é a razão para a acólita do BLM, Jess Rocketto, com ajuda de Soros, derrubar a Mambi e as outras 17 rádios que ela agora controla. Se você não puder vencer o debate, perca a oposição.
©2022 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês.
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