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Catastrofismo

Fim da neve, cidades europeias submersas e outras previsões ambientais sem sentido

Fome mundial, Reino Unido transformado em Sibéria, o fim da neve: ao longo do século XX, muitos cientistas respeitados erraram ao tentar prever o futuro.
Fome mundial, Reino Unido transformado em Sibéria, o fim da neve: ao longo do século XX, muitos cientistas respeitados erraram ao tentar prever o futuro. (Foto: Pixabay)

O Competitive Enterprise Institute publicou um novo artigo, “Wrong Again: 50 Years of Failed Eco-pocalyptic Predictions” [Errado de novo: 50 anos de previsões ecoapocalípticas]. Tenha em mente que muito das previsões ambientais estupidamente equivocadas foram feitas por cientistas e autoridades governamentais respeitáveis. Minha pergunta para você é: se você estivesse atento na época dessas previsões, quantas restrições e impostos você teria pedido para evitar a calamidade?

Como contado pelo New York Times (em agosto de 1969) o biólogo Paul Ehrlich, de Stanford, alertava: “O problema com todas as questões ambientais é que, quando temos provas o bastante para convencer as pessoas, elas já estão mortas. Precisamos entender que, a não ser que tenhamos muita sorte, todos desaparecerão numa nuvem de vapor azul em 20 anos”.

Em 2000, David Viner, pesquisador da unidade de pesquisas climatológicas da University of East Anglia, previu que, dentro de poucos anos, a neve se tornaria “um acontecimento muito raro e empolgante. As crianças simplesmente não saberão o que é a neve”.

Em 2004, o Pentágono alertou o presidente George W. Bush de que grandes cidades europeias ficariam submersas. O Reino Unido enfrentará um clima siberiano até 2020. Em 2008, Al Gore previu que os polos deixariam de existir em apenas 10 anos. Um estudo do Departamento de Energia dos EUA, realizado pela Marinha Norte-americana, previa que o Oceano Ártico teria um verão sem gelo em 2016.

Em maio de 2014, o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, declarou, numa aparição conjunta com o Secretário de Estado John Kerry, que “temos 500 dias para evitarmos o caos climático”.

Peter Gunter, professor da North Texas State University, previu, na edição da revista The Living Wilderness de 1970:

Demógrafos concordam quase que unanimamente com a seguinte e assustadora cronologia: em 1975, a fome atingirá a Índia e se prolongará até 1990, atingindo também Paquistão, China, Oriente Médio e África. Em 2000, ou provavelmente antes, as Américas do Sul e Central enfrentarão também condições de fome. (...) Em 2000, daqui a trinta anos, todo o mundo, à exceção da Europa Ocidental, da América do Norte e da Austrália, enfrentarão a fome.

A previsão de 1970 do ecologista Kenneth Watt era: “Se a tendência atual permanecer, o mundo será 4 graus mais frio em 1990 e 11 graus mais frio em 2000”. Ele acrescentou: “Isso é duas vezes mais do que o necessário para nos fazer enfrentarmos uma era glacial”.

Mark J. Perry, do American Enterprise Institute e professor de economia na University of Michigan, em Flint, menciona 18 previsões incrivelmente erradas feitas na época das celebrações do primeiro Dia da Terra, em 1970.

Não é só o clima

Desta vez não é sobre o clima. Harrison Brown, cientista da Academia Nacional de Ciências, publicou um gráfico que analisava as reservas de metais e estimava que a Humanidade ficaria sem cobre antes do ano 2000. Chumbo, zinco, latão. Ouro e prata antes de 1990. Kenneth Watt disse: “No ano 2000, se a tendência atual se prolongar, estaremos usando tanto petróleo (...) que não haverá mais petróleo”.

Havia previsões insanas bem antes do primeiro Dia da Terra também. Em 1939, o Departamento do Interior dos EUA previu que o petróleo norte-americano duraria apenas 13 anos. Em 1949, o secretário do interior dizer que o petróleo dos EUA acabaria muito em breve.

Sem ter aprendido nada com as previsões anteriores, em 1974 o Levantamento Geológico dos Estados Unidos disse que o país só tinha 10 anos de suprimento de gás natural. Mas a Administração de Informações Energéticas dos EUA estimou, em 1º. de janeiro de 2017, que havia 69 trilhões de metros cúbicos de gás natural nos Estados Unidos. Isso é o bastante para quase um século. Os Estados Unidos são o maior produtor de gás natural do mundo.

As previsões de um apocalipse climático feitas hoje provavelmente são tão verdadeiras quanto as de ontem. A grande diferença é que os norte-americanos de hoje são muito mais ingênuos e estão dispostos a gastar trilhões para combater o aquecimento global. E o único resultado disso é que ficaremos mais pobres e menos livres.

Walter E. Williams é colunista do Daily Signal e professor de economia da George Mason University.

© 2019 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês

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