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Lisa (ao centro) e Neil Emmott com Britani Atkinson antes da cirurgia em que doou um rim para que Neil pudesse receber um | Arquivo pessoal/ Facebook Lisa Emmott
Lisa (ao centro) e Neil Emmott com Britani Atkinson antes da cirurgia em que doou um rim para que Neil pudesse receber um| Foto: Arquivo pessoal/ Facebook Lisa Emmott

Um homem da Flórida, Estados Unidos, estava precisando de um rim para continuar vivendo. Duas professoras da escola da filha dele se ofereceram para fazer a doação, e iniciaram uma cadeia de doadores que acabou salvando a vida dele e outras sete. 

“Quando você é professora, você se sente como parte da vida dessas crianças”, disse  Allison Malouf, professora da primeira série, ao site de notícias Today. “A filha dele era como minha criança. Eu não queria vê-la sem um pai”. 

Desde 2001, Neil Emmott, de 56 anos, vive com doença renal policística. Quando suas funções renais caíram em abril de 2016, ele começou a procurar por um doador. A sua esposa e seu irmão não puderam doar por causa de problemas de saúde. 

A esposa de Neil, Lisa, contou à professora da sua filha mais nova, Allison Malouf, sobre o problema de saúde do marido. O marido de Allison já havia doado um rim havia oito anos, por isso, a professora compreendia o processo de doação e as emoções envolvidas. 

“Sendo professora da filha deles, eu queria desesperadamente ajudar essa família maravilhosa”, ela disse. 

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Allison começou os procedimentos para se candidatar como doadora. O processo leva cinco meses e inclui diversos exames e consultas. 

Ao mesmo tempo, uma das melhores amigas de Lisa, a professora de pré-escola Britani Atkinson, começou em segredo o processo de avaliação para ser doadora. 

“Eu sabia que eu estaria desesperada se me encontrasse na situação deles, e a solução parecia fácil”, disse Britani ao Today. “Eu tinha dois rins e só precisava de um. Se eu pudesse doar um para Neil para que a família dele ficasse completa, por que não?” 

No entanto, Allison descobriu que seu tipo sanguíneo era incompatível com o de Neil, o que impedia a doação. Britani também não poderia ser a doadora, porque o tamanho do seu rim não era o adequado para o caso. 

Enquanto aguardava um doador, Neil precisava fazer constantes sessões de hemodiálise. 

As duas professoras fizeram um registro no Departamento Nacional de Doação de Rins, em nome de Neil, em junho de 2017. Doadores incompatíveis e pacientes incluem o seu nome no registro, que contém os nomes de pares de pacientes e doadores incompatíveis de todo o país. Quando o Departamento tem um número par de duplas de doadores e pacientes, é estabelecida uma “cadeia” em que os doadores e pacientes trocam os rins. 

Em setembro de 2017, Britani foi selecionada para doar o seu órgão a um paciente de Boston, e Neil recebeu um rim de um doador desconhecido da Califórnia. Quatro pessoas receberam um transplante de rim na cadeia iniciada por Britani em setembro. 

Mesmo depois que Neil havia recebido o transplante, Allison continuava disposta a ajudar. Ela doou um rim em novembro de 2017, e essa doação iniciou uma cadeia que ajudou quatro outras pessoas a receberem um novo rim, incluindo um menino de 14 anos. 

“Ver que Allison seguiu com a doação mesmo depois de Neil ter recebido um rim me fez sentir muita admiração pelo seu altruísmo”, disse Lisa, esposa de Neil. 

“É um presente tanto para você quanto para a pessoa a quem você doa. Existem poucas oportunidades na vida de realmente dar algo que é infinitamente precioso para alguém e que não custa nada a você”, disse Britani ao Today.

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