Mickey e outros personagens atuam em uma sociedade “fortemente capitalista” (Imagem: Pixabay)| Foto:

Um programa de TV infantil estrelado por Mickey, Minnie e outros personagens da Disney demonstra que o socialismo não pode reivindicar a superioridade moral sobre o capitalismo. Esta é a tese de Jason Brennan, professor de Estratégia, Economia, Ética e Política Pública da Escola de Negócios McDonough, da Universidade de Georgetown. Ele falou sobre o tema “socialismo falso vs. capitalismo real” em um evento da Fundação Heritage, no dia 4 de abril.

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Brennan ponderou que A Casa do Mickey Mouse, uma série animada que foi ao ar nos Estados Unidos de 2006 a 2016, mostra que o capitalismo é melhor para um número maior de pessoas que o socialismo. Com foco em resolução de problemas, o programa apresenta Mickey e outros personagens atuando em uma sociedade “fortemente capitalista”. Brennan explica:

Eles estão comprometidos com um princípio de justiça social, a partir do qual asseguram que as condições econômicas permitirão que todos levem uma vida boa. E, se alguém começa a ficar para trás, não por sua própria culpa, todos se unem voluntariamente para ajudar essa pessoa, e ninguém jamais abusa da generosidade do grupo. Eles fazem isso sem qualquer tipo de suporte e redistribuição estatal, simplesmente porque são boas pessoas, que não precisam disso.

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O livro de Brennan, 'Por que não o capitalismo?', é uma resposta ao livro 'Por que não o socialismo?', de G.A. Cohen. No livro, Brennan argumenta que o socialismo não tem o monopólio sobre a moralidade. “O capitalismo foi uma grande conquista do século passado”, diz ele. “No início do século XX, 95% das pessoas [no mundo] vivia em extrema pobreza, e agora esse índice caiu para cerca de 10%”.

Ele resumiu a visão socialista com estas palavras: “Se fôssemos bons, seríamos socialistas. Embora o capitalismo funcione, o socialismo detém a superioridade moral sobre o capitalismo”, disse Brennan. No entanto, ele lembrou que, mesmo que as pessoas fossem perfeitas, o capitalismo ainda seria o sistema preferido.

“Para mim, o problema é o grau de virtude, não é a instituição em si mesma”, disse Brennan, que participou de uma série de palestras da Fundação Heritage chamada “mercados livres: a escolha econômica ética”. “Você pode preferir socialismo com anjos ao capitalismo com pessoas normais, mas isso não quer dizer que sabe quem está fazendo o trabalho: os anjos ou o socialismo”, disse ele.

“Algumas pessoas acreditam que o socialismo é moralmente melhor por causa das suposições que fazem sobre a natureza dos mercados”, defendeu. Elas acreditam que “a moralidade do livre mercado e as transições de mercado são inerentemente repugnantes”, e “o tipo de relacionamento que se estabelece ao comprar algo de alguém é em si mesmo vil”.

Tradução de Ana Peregrino.

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©2019 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês.