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Progressistas querem transformar a Califórnia no santuário da morte

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Durante anos, democratas têm dito que a Califórnia é a vanguarda dos Estados Unidos. (Foto: Bigstock)

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Em “O Corcunda de Notre Dame”, Victor Hugo conta a história de Esmeralda, uma dançarina cigana falsamente acusada de tentativa de homicídio e condenada à morte injustamente. Quasímodo, o corcunda do título, desce da catedral de Notre Dame e a salva, levando-a consigo e gritando “Santuário!”

Na verdade, ao longo de toda a história europeia, igrejas serviram como santuários para criminosos injustamente acusados. O grito do corcunda é hoje reproduzido pelos que se refugiam da lei.

O estranho, contudo, é ver a ideia de um santuário adotada para proteger justamente algo que todo religioso rejeita: o aborto.

O sacramento secular do aborto se transformou num ritual tão sagrado que o governador da Califórnia, Gavin Newsom, anunciou recentemente sua intenção de tornar o estado o “santuário do aborto” nos Estados Unidos.

“Seremos um santuário”, anunciou Newsom. “Estamos procurando formas de apoiar essa iniciativa e de aumentar nossos direitos”.

A Califórnia, de acordo com os aliados progressistas de Newsom, poderia pagar as despesas de viagens, incluindo combustível, hospedagem, transporte e até creches para as mulheres que pretendem matar seus fetos.

Hoje, cerca de 15% dos abortos nos Estados Unidos são realizados na Califórnia, de acordo com o Guttmacher Institute. Esse número pode aumentar exponencialmente se o estado começar a subsidiar abortos em seu território.

Nada disso surpreende. O incrível é que, ao mesmo tempo em que a Califórnia se afunda, o estado busca promover políticas sociais ainda mais radicais. A Califórnia abriga, sem trocadilho, algo em torno de 160 mil mendigos, quantidade que aumentou 24% de 2018 a 2020. Aproximadamente um quarto dos mendigos norte-americanos atualmente vivem na Califórnia.

Enquanto isso, a criminalidade no estado se tornou endêmica, com saques ocorrendo nas maiores cidades enquanto ricos são assassinados em suas casas.

Semana passada, o presidente do sindicato dos policiais de Los Angeles, Jamie McBride, alertou as pessoas, dizendo para elas ficarem longe da cidade. “Não podemos garantir sua segurança”, explicou ele. “A cidade está mesmo fora de controle”. Até o ex-prefeito de Los Angeles, Antonio Villaraigosa, lamenta a situação da cidade: “Roma está em chamas”.

A economia da Califórnia patina também. De acordo com o Centro de Estatísticas do Trabalho, a Califórnia tem uma das piores taxas de desemprego do país, com 7,3% das pessoas sem ocupação. E apesar de atualmente a Califórnia ter registrado apenas 67 mortes por Covid-19 na semana (no auge da pandemia, esse número era de 550), Newsom recentemente voltou a obrigar o uso das máscaras em todo o estado.

Mas por que a Califórnia continua adotando políticas cada vez mais radicais? Porque o radicalismo em si é a justificativa moral para o fracasso dessas medidas. Os democratas podem argumentar que a criminalidade e a miséria estão fora de controle, a economia está estagnada e as empresas estão abandonando o estado.

Isso tudo, contudo, é moralmente justificável porque a Califórnia tem um objetivo mais elevado: a busca pela utopia de esquerda. Assim, Newsom não tem muito a dizer sobre a estagnação do estado, mas muito a dizer sobre como a Califórnia promoverá leis que atacam a questão do porte de armas.

Durante anos, democratas têm dito que a Califórnia está à frente do país. Só espero que eles estejam errados.

Ben Shapiro é apresentador do “Ben Shapiro Show" e editor emérito do Daily Wire.

©2021 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês 

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