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Cartaz contra Stalin e Hitler espalhado pelas ruas de Praga
Cartaz contra Stalin e Hitler espalhado pelas ruas de Praga| Foto: BigStock

Entre as décadas de 1920 e 1970, três dos maiores assassinos da história da humanidade governaram a União Soviética, a Alemanha e a China. Utilizando estratégias diferentes, Adolf Hitler, Josef Stalin e Mao Tsé-tung perseguiram opositores e investiram em políticas que provocaram mortes em massa, de forma consistente, ao longo de anos a fio. Mas qual deles empilhou a maior quantidade de corpos?

As estimativas variam, mas há um certo consenso entre os pesquisadores e historiadores a respeito de números aproximados. Apesar de permanecer 11 anos no poder, contra os 30 de Stalin, Hitler criou uma máquina de mortes em escala industrial, que o aproxima, dependendo da estimativa, dos números alcançados pelo líder soviético. Mas os dois são largamente superados por Mao, o comandante chinês que, com duas campanhas catastróficas, deixou um saldo incomparável de mortos.

Adolf Hitler (1889-1945)

Cidade natal: Braunau am Inn, Áustria.
Tempo no poder: 11 anos.
Causa da morte: Suicídio.
Ações mais letais: O Führer da Alemanha conduziu uma política de uso massivo de campos de concentração e de campos de extermínio, onde os prisioneiros, militares e civis morriam em consequência de fome, doenças (tifo em especial), assassinado por tiros, espancamentos e uso de gases letais. Além de judeus, que formavam o principal alvo do regime, foram perseguidos e mortos desde ciganos até portadores de deficiências físicas e mentais.
Estimativa de mortes: 10 a 12 milhões de pessoas.

Josef Stalin (1878-1953)

Cidade natal: Gori, Geórgia.
Tempo no poder: 30 anos.
Causa da morte: Hemorragia cerebral.
Ações mais letais: Estima-se que morreram, de fome ou assassinadas, aproximadamente 1,7 milhão de pessoas nos gulags, as prisões instaladas locais distantes, especialmente a Sibéria, para onde mandava os adversários políticos. Além do chamado Grande Expurgo, Stalin também é acusado de promover o genocídio de etnias e povos inteiros. Entre 1932 e 1933, por exemplo, liderou uma política desastrosa de distribuição dos cereais produzidos na Ucrânia, o que provocou o Holodomor, a crise de abastecimento que matou de fome no mínimo 2 milhões de pessoas. Outros povos foram realocados de suas terras e colocados em marchas longas, durante as quais uma parcela considerável perdia a vida.
Estimativa de mortes: 9 a 20 milhões de pessoas.

Mao Tsé-tung (1893-1976)

Cidade natal: Changsha Fu, China.
Tempo no poder: 26 anos.
Causa da morte: Enfarto.
Ações mais letais: Entre 1958 e 1962, o Grande Salto Adiante remodelou o sistema agrícola do país, coletivizando toda a produção. As ferramentas deveriam ser criadas em pequenas siderúrgicas construídas dentro das próprias fazendas; quando se percebeu que o metal que saía dali não tinha qualidade, os envolvidos na tentativa fracassada de produção eram punidos com a morte. A iniciativa massacrou de 35 a 45 milhões de pessoas, a maior parte por inanição – é o equivalente à atual população da Espanha. E a Revolução Cultural, que se seguiu em parte para justificar o fiasco da iniciativa anterior e perdurou de 1966 a 1976, deixou outras estimadas 2 milhões de vítimas. Pelo menos outro milhão de pessoas morreu em decorrência de ações conduzidas por Mao em outros períodos de seu governo.
Estimativa de mortes: 38 a 48 milhões de pessoas.

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