Sem alarde, a Planned Parenthood publicou no domingo (20) o seu relatório anual correspondente ao ano fiscal 2017-2018 (de 1º de outubro de 2017 a 30 de setembro de 2018). O documento reafirma a asserção da nova presidente do grupo, Leana Wen, de que expandir o acesso ao aborto é a “missão central” da Planned Parenthood.
Durante o período coberto pelo relatório, a Planned Parenthood realizou 332.757 abortos. O número é o maior desde o período de 2011-2012. Em contraste, os outros serviços caíram significativamente. Eles incluem:
- 570.444 exames de mama e testes de Papanicolau (em 2016-2017 foram 617.677)
- 614.361 ressonâncias magnéticas e procedimentos de prevenção ao câncer (660.777 no ano anterior)
- 216.722 check-ups de saúde da mulher (235.355 no ano anterior)
- 2.620.867 atendimentos de informação e serviços relacionados ao controle de natalidade (2.701.866 no ano anterior)
- 2.831 encaminhamentos para adoção (3.889 no ano anterior)
Ao mesmo tempo, porém, a Planned Parenthood registrou números recordes nas finanças do escritório nacional e de suas afiliadas:
- Quase 1,9 bilhão de dólares em patrimônio líquido (em 2017, foi 1,6 bilhão)
- 563,8 milhões de dólares em financiamento público (em 2017, 543,7 milhões)
- 1,67 bilhão de dólares em renda total (em 2017, 1,46 bilhão)
- A renda excedeu em quase 245 milhões de dólares as despesas (mais que o dobro da diferença verificada em 2017, 98,5 milhões)
- 630,8 milhões de dólares em contribuições privadas (incluindo doações de indivíduos e empresas) (em 2017, 532,7 milhões)
A Planned Parenthood reportou o mesmo número de pacientes (2,4 milhões) e visitas médicas (4 milhões) em 2016 e em 2017. O grupo realizou mais de 117 abortos para cada encaminhamento para adoção no ano 2017-2018.
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Wen espera que a Planned Parenthood “expanda seu alcance, seus serviços e seu impacto”. O relatório desse ano, assim como os outros, revelaram que a Planned Parenthood está mais interessada em expandir alguns serviços do que outros. De fato, o aborto é a missão central do grupo – e por isso os contribuintes não devem ser obrigados a subsidiar a gigante do aborto.
Enquanto isso, cada vez menos norte-americanos confiam na Planned Parenthood para realizar ressonâncias magnéticas, exames de saúde da mulher e orientar-se sobre contracepção.
Em vez de permitir que mais de meio bilhão de dólares vindos do bolso dos contribuintes se destinem anualmente à Planned Parenthood, os legisladores e governantes deveriam direcionar esse montante aos milhares de centros que oferecem serviços de saúde às mulheres sem colocar no pacote serviços como o aborto sob demanda.
Tradução de Felipe Sérgio Koller.