Na decisão de Roe vs. Wade, de 1973, a Suprema Corte criou e impôs uma política de assassinato a bebês dentro do útero materno, uma das mais extremas do mundo, que nunca passou pela aprovação real da população americana.
A grande e consistente maioria dos americanos não foi enganada pelos 50 anos de propaganda implacável, desorientação e distorção. Uma pesquisa recente traz evidências que devem encorajar e orientar o movimento pró-vida, caso a Suprema Corte decida corrigir seus erros e tome a decisão correta em relação a Roe e outros casos. Um deles é o Dobbs vs. Jackson Women's Health Organization, que trata de uma lei estadual de 2018 do Mississippi, de proibição à maioria das operações de aborto após as primeiras 15 semanas de gravidez.
Os abortistas, auxiliados e incentivados pela grande mídia, fazem de tudo para nos impedir de acreditar no que está diante dos nossos olhos ou de usar nosso bom senso. A questão, dizem eles, é o direito à escolha em si, mesmo que, na verdade, qualquer pessoa que escolha algo num cardápio possa ser chamada de "pró-escolha".
A nova propaganda deles é que matar bebês é cuidar da saúde. Os ativistas até usam frases como “cuidados com o aborto”, como se o aborto fosse algo a ser protegido e cuidado.
Uma foto de membros da bancada abortista mostra placas que dizem “Libere o aborto” e “O aborto é essencial”. Nem mesmo a Suprema Corte foi tão longe, apesar dos sete juízes majoritários na decisão Roe vs. Wade aparentemente terem se esquecido de que todos eles já foram apenas um feto. Existem dúvidas de que a máquina de propaganda pró-aborto faz qualquer coisa para negar que a vida pré-natal existe?
Na decisão de 1973, por exemplo, a Suprema Corte definiu “viabilidade” como o “ponto em que o feto (...) é potencialmente capaz de viver fora do útero da mãe, embora com ajuda artificial”. A Lei de Proteção à Saúde da Mulher, supostamente uma versão legislativa de Roe, define "viabilidade" como “o ponto da gravidez (...) em que há uma probabilidade razoável de sobrevivência fetal fora do útero, com ou sem suporte artificial”.
Um feto é um ser real e único, e o útero da mãe é onde cada um de nós residiu. Mas, para eles, a sobrevivência fetal é uma ideia abstrata e o útero é apenas mais um órgão.
Uma nova pesquisa, divulgada esta semana pela organização Americanos Unidos pela Vida, demonstra claramente o abismo cada vez maior entre os defensores do aborto e o povo americano. Quase 90% dos pesquisados, por exemplo, dizem que os nascituros já são pessoas antes mesmo de nascer, a maior parte opinando que isso ocorre na concepção. A mesma proporção dos entrevistados fala que os nascituros têm o direito de ser protegidos contra a violência e 80% dizem que os fetos têm o direito de nascer.
Os extremistas do aborto — que negam que cada um de nós já estava vivo e já era humano antes do nascimento — estão praticamente falando sozinhos.
Ao mesmo tempo, a pesquisa sugere onde a propaganda abortista semeou mais confusão:
Como já foi citado, 80% dizem que o nascituro tem o direito de nascer. No entanto, apenas 51% dizem que um aborto “termina a vida de um ser humano antes do nascimento” e outros 28% dizem que “depende”. Na verdade, essa deve ser a pergunta mais fácil de responder. A reprodução humana não produz alevinos ou girinos, produz humanos. E como cada um de nós se desenvolveria de um embrião a um bebê — ou de um adolescente a um adulto, aliás — se não estivéssemos vivos?
O aborto é o fim da vida antes do nascimento. Se os bebês não nascidos têm o direito de nascer, nada é mais impeditivo a esse direito do que o aborto. A Suprema Corte está pronta para levantar a barreira que construiu em 1973 ao anular Roe v. Wade. A regra da mordaça imposta a dezenas de milhões de americanos pró-vida será revogada para que sua voz finalmente possa ser ouvida.
*Thomas Jipping é membro jurídico sênior do Centro de Estudos Legais Edwin Meese III, da The Heritage Foundation.
© 2022 Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês.
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