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Roger Waters defende o ditador Maduro e diz que Venezuela é alvo de golpe

O músico britânico Roger Waters | Leticia Akemi/Gazeta do Povo
O músico britânico Roger Waters (Foto: Leticia Akemi/Gazeta do Povo)

O músico britânico Roger Waters declarou nesta segunda-feira (4) seu apoio ao ditador venezuelano Nicolás Maduro e disse que ele é alvo de uma tentativa de golpe feita pelo presidente americano, Donald Trump. 

Em postagem nas redes sociais, o cantor e compositor pediu para os "EUA tirarem a mão da Venezuela". 

Na mensagem, Waters ainda convocou seus seguidores para participarem de uma manifestação de apoio a Maduro na frente da sede das Nações Unidas em Nova York. 

"Parem essa última insanidade americana, deixem a população venezuelana em paz. Eles têm uma democracia real, parem de tentar destruí-la para que o 1% possa roubar seu petróleo", escreveu ele.

O músico ainda usou as hashtags "Nicolás Maduro" e "Parem o golpe de Trump na Venezuela". 

A Venezuela vive atualmente uma crise política que opõe Maduro ao líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, que se autodeclarou presidente encarregado do país.

O Legislativo não reconhece a autoridade do ditador porque considera que a votação que o reelegeu em maio de 2018 não foi legitima - o pleito foi boicotado pela maioria da oposição e foi marcado por denúncias de fraude. 

Guaidó recebeu o apoio de diversos países, incluindo dos Estados Unidos, do Brasil e de parte da Europa.  

Esquerdista

Conhecido por suas posições políticas, Waters costuma manifestar publicamente seu apoio a líderes de esquerda, incluindo o ex-presidente venezuelano Hugo Chávez (1954-2013) e o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). 

Em outubro do ano passado, durante a eleição brasileira, o ex-integrante da banda Pink Floyd virou alvo de polêmica durante passagem pelo país. Em seus shows, ele exibiu no telão a hashtag #EleNão, usado por críticos do então candidato (e atual presidente) Jair Bolsonaro (PSL). 

Ele também incluiu o Brasil em uma lista de países ameaçados pelo fascismo, citando novamente Bolsonaro. 

A lista incluía outros líderes mundiais, como o presidente americano Donald Trump, o premiê húngaro Viktor Orbán e a líder da direita radical na França, Marine Le Pen.

Bolsonaro chegou a entrar na Justiça com uma ação contra Fernando Haddad (PT), por suposto abuso de poder econômico praticado nos shows de Waters, mas o caso acabou arquivado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

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