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Seis filmes da Netflix que celebram e defendem a vida

Cena do documentário “Capacetes Brancos”, que conta a história dos voluntários que arriscam a vida para salvar cidadãos durante a Guerra Civil na Síria | Amelia Franklin/Netflix
Cena do documentário “Capacetes Brancos”, que conta a história dos voluntários que arriscam a vida para salvar cidadãos durante a Guerra Civil na Síria (Foto: Amelia Franklin/Netflix)

Vivemos numa época em que a vida humana vale muito pouco. No Brasil, por exemplo, ocorrem quase 60 mil assassinatos por ano. Já em outras regiões do mundo, guerras e conflitos civis destroem famílias e sonhos. As democracias do Ocidente, por sua vez, aprovam leis absurdas e desrespeitosas.

Assim, é essencial que voltemos a nossa atenção para casos em que tanto a existência quanto os principais aspectos que a definem enfrentam corajosamente as forças destinadas a praticar o mal.

Na lista abaixo há seis filmes que, apesar de conterem diferentes elementos e se passarem em locais e tempos distintos, fazem questão de valorizar e defender a vida.

Tempo de Despertar (Awakenings, 1990, EUA) 

Diretor: Penny Marshall 

Sinopse: Malcolm Sayer (Robin Williams) é um médico em busca de uma cura para a catatonia. Após aplicar um novo remédio no paciente Leonard Lowe (Robert De Niro), ele acredita ter descoberto a solução do problema. No entanto, surgem efeitos colaterais preocupantes. 

Por que vale a pena assistir: Baseado nas memórias de Oliver Sacks, Tempo de Despertar é um filme doloroso. A história não é fácil de ser acompanhada e as performances dos atores deixam o drama ainda mais intenso. Porém, essa realidade é contrastada por uma comovente celebração da vida, a qual se manifesta nos momentos de leveza e na maneira como a trajetória de Leonard inspira as pessoas ao redor. A mensagem é precisa: independentemente do tempo que dure, a vida deve ser apreciada. 

A Vida é Bela (La Vita è Bella, 1997, Itália) 

Diretor: Roberto Benigni 

Sinopse: Durante a Segunda Guerra Mundial, o judeu Guido (Roberto Benigni) usa a fantasia e o humor para salvar o filho e fazê-lo esquecer dos horrores dos campos de concentração. 

Por que vale a pena assistir: Entre os críticos de cinema, há uma longa discussão sobre a representação de eventos históricos trágicos. Enquanto alguns acreditam que os artistas são livres para criar, outros defendem que há limites éticos. Em razão de sua natureza escapista, A Vida é Bela foi um dos filmes que estiveram no centro dessa discussão. Contudo, sem entrar no mérito da questão, o longa vale pela sua capacidade de ver beleza e força até mesmo num cenário devastado pela morte. 

 

O Poder e a Lei (The Lincoln Lawyer, 2011, EUA) 

Diretor: Brad Furman 

Sinopse: Mickey Haller (Matthew McConaughey) é um advogado sem muitos escrúpulos e acostumado a defender criminosos e traficantes de drogas. Todavia, ao trabalhar num complexo caso de homicídio, ele faz um exame de consciência. 

Por que vale a pena assistir: A habilidade de fazer autoavaliações é uma das características que nos tornam mais humanos. Pode-se dizer, inclusive, que exercê-la depois de um longo sono moral é uma espécie de renascimento em vida. No longa O Poder e a Lei, isso pode ser visto no arco dramático do protagonista. Buscando refúgio na ideia de que o seu trabalho não prejudica muitas pessoas, Mickey é obrigado a mudar de percepção ao notar que as suas ações estão ajudando a colocar vidas inocentes em perigo. 

Crimes Ocultos (Child 44, 2015, EUA, Reino Unido, República Tcheca, Romênia e Rússia) 

Diretor: Daniel Espinosa 

Sinopse: Herói da União Soviética, Leo Demidov (Tom Hardy) é um sujeito prestigiado pelos familiares, colegas e superiores. Entretanto, a sua vida muda completamente quando passa a investigar uma série de assassinatos. 

Por que vale a pena assistir: No cinema, os crimes cometidos pela União Soviética não costumam ser muito lembrados. Levando em conta o imenso poder que o cinema tem de formar o imaginário popular, isso pode gerar a falsa sensação de que o governo socialista não ocasionou milhões de mortes. Sendo assim, é importante que haja filmes como Crimes Ocultos. Embora levemente inspirado numa história real, é sabido que os crimes mostrados por Espinosa aconteciam rotineiramente no regime soviético. Além disso, o longa revela as consequências desoladores de uma realidade política em que a vida humana não tem valor algum. 

Os Capacetes Brancos (The White Helmets, 2016, Inglaterra e Reino Unido) 

Diretor: Orlando von Einsiedel 

Sinopse: Voluntários conhecidos como “capacetes brancos” arriscam a vida para salvar cidadãos durante a Guerra Civil na Síria. 

Por que vale a pena assistir: Poucos gestos são tão altruístas quanto o sacrifício. Pôr em risco a própria vida para salvar a do próximo é um gesto de respeito e amor. Os Capacetes Brancos é a chance de testemunhar essas ações. Embora seja curto (tem apenas 40 minutos de duração) e sofra com problemas narrativos, é um filme cujo conteúdo precisa ser visto. Afinal de contas, atos de heroísmo sempre são confirmações da bondade humana. 

Onde está Segunda? (What Happened to Monday, 2017, EUA, Reino Unido, França e Bélgica) 

Diretor: Tommy Wirkola 

Sinopse: Para viver numa sociedade em que as famílias só podem ter um filho, sete irmãs gêmeas (Noomi Rapace) fingem ser uma única pessoa. 

Por que vale a pena assistir: As ficções científicas distópicas sempre imaginam um futuro no qual elementos do passado e do presente se repetem de maneira igual ou exacerbada. Uma vez que o século XX ficou marcado por seus regimes totalitários, não é estranho que artistas pensem em dias vindouros marcados por algum tipo de opressão estatal. Em Onde está Segunda?, esse abuso se dá através do controle de natalidade. É o desrespeito pela vida quando esta se encontra ainda nos seus estágios iniciais. Evidentemente, não demora muito para que esse estado de coisas entre em crise.

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