O Senado canadense aprovou um projeto de lei que muda a letra do hino nacional do país para que ele não tenha marcação de gênero. A mudança proposta é que a frase “in all thy sons command” (em vossos filhos comanda) seja mudada para “in all of us command” (em todos nós comanda), de acordo com a CBC News. A proposta foi introduzida pelo ex-membro da Casa, Mauril Bélanger, em 2016.
Doze propostas já foram apresentadas para mudar a letra do hino que, para muitos, é discriminatório. Nenhuma das ideias para retirar "filhos" da letra tinha sido aprovada até então. A música, conhecido como "O Canada", se tornou o hino do país em 1980.
O primeiro ministro, Justin Trudeau, afirmou apoiar a mudança proposta. "A proposta de Mauril de deixar o hino sem marcação de gênero passou no Senado – mais um passo importante no caminho da igualdade de gênero", postou Trudeau em seu Twitter.
"Eu estou muito, muito feliz. Há mais de 30 anos existem tentativas de mudar nosso hino nacional, algo que é tão importante para uma nação e deve incluir todos as pessoas", falou o Senador Frances Lankin para a CBC News. "Estou orgulhoso de fazer parte do grupo que permitiu essa mudança".
Alguns senadores e legisladores conservadores, porém, não acham que a decisão foi certa, já que a letra da música foi escrita há muitos anos e seu autor não pode opinar quanto à mudança. Legisladores reclamaram também que o Senador Don Plett, crítico de longa data da medida, não teve chance para se posicionar de forma contrária durante a seção.
"Quando a maioria dos indivíduos decidir proibir o discurso aqui, a democracia morre. Nós precisamos ter cautela com as ferramentas que acabam com o debate", disse o senador conservador Leo Housakos.
A proposta agora deve ser assinada pela governadora geral do Canadá, Julie Payette, para se tornar lei.
Igreja Episcopal Americana
A Convenção Diocesana da Igreja Episcopal de Washington D.C., que chega em sua 123ª edição, também aprovou algumas resoluções para trocar os pronomes com gênero marcado que se referem a Deus para pronomes neutros. Além disso, a convenção se opõe a leis contrárias à imigração ilegal e abriu espaços tradicionalmente restritos a gêneros específicos, como banheiros, a indivíduos transgêneros.
A reverenda Linda R. Calkins pede também que se considere adotar uma versão da Bíblia que remove os pronomes com gênero marcado referentes a Deus da Escritura.
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