Em março, a Walt Disney Co., que tem aproximadamente 200 mil funcionários em todo o mundo, decidiu mudar radicalmente suas políticas internas, em reação à pressão de um grupinho de ativistas radicais.
De acordo com o “Wall Street Journal”, o CEO da empresa, Bob Chapek, tinha se recusado terminantemente a envolver a empresa na política dos vários estados e países nos quais a Disney tem negócios. Ele dizia que a missão da empresa era continuar a fazer mágica, e não fazer política.
Daí a Flórida aprovou uma lei que proíbe a doutrinação esquerdista de crianças quanto à identidade de gênero e a orientação sexual. E tudo se perdeu.
Executivos da Disney começaram a divulgar cartas que diziam que a empresa se opunha à legislação da Flórida – que os detratores chamaram de “Lei Não Fale de Homossexuais”. (A lei não menciona a palavra “homossexual”). A alguns funcionários ameaçaram pedir demissão se a Disney não defendesse a posição política deles.
E, assim, Chapek cedeu à pressão. Ele divulgou uma carta na qual dizia: “Vocês precisam que eu seja um aliado mais aguerrido na luta pelos direitos e eu os decepcionei. Desculpe”. Ele prometeu um ciclo de palestras, a criação de uma força-tarefa para tratar das prioridades dos grupos LGBT e uma postura antagônica ao projeto de lei do Texas que pretende criminalizar a mutilação genital e a esterilização hormonal de crianças.
A empresa também se comprometeu a inserir valores da extrema-esquerda no conteúdo por ela produzido, incluindo “novos conteúdos para as crianças e as famílias” recheados desses valores.
De acordo com o noticiário, a Disney chegou até mesmo a se comprometer a incluir um beijo lésbico no filme infantil “Lightyear”. Chapek cedeu porque é isso o que empresas esquerdistas fazem: elas dão ouvidos a seus funcionários mais extremistas e repete o que eles dizem.
Em vez de dar a resposta firme de uma empresa que escuta ameaças de seus funcionários, isto é, em vez de dizer que os funcionários devem voltar ao trabalho ou pedir demissão, as grandes empresas simplesmente se rendem.
Enquanto isso, pais que simplesmente querem que seus filhos se divirtam sem serem expostos à doutrinação assistem horrorizados o conteúdo que ativistas radicais criam para seus filhos. A fim de lutar contra essa bobagem, os que se opõem ao sequestro das grandes empresas pela esquerda tem de se organizar – e têm de criar alternativas.
Foi o que tentamos fazer no “Daily Wire”. Em 2021, a Harry’s Razors retirou a publicidade de um de nossos programas, fazendo menção a um “desalinhamento de valores”. Qual era o problema? O apresentador disse que homens são homens, mulheres são mulheres e que o sexo é imutável.
Assim, lutamos. Nesta semana, lançamos a Jeremy’s Razors, empresa dedicada à ideia de que todos, independentemente da política, merecem uma boa lâmina de barbear. Estamos aqui para lhe dar os melhores produtos. E jamais agrediremos nossos consumidores para defender as prioridades de uns poucos lacradores. Por isso nosso slogan é simples: “Cale a boca e faça a barba!”.
Se as empresas decidirem pela lacração, elas precisam enfrentar concorrentes que as façam falir. E esperamos cumprir esse papel. Que outras empresas sigam o nosso exemplo.
Ben Shapiro é apresentador do “Ben Shapiro Show" e editor emérito do “Daily Wire”.