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O desenho é terrível: As linhas grossas parecem um triângulo invertido com cabelo, ou um morango vestindo um chapéu pequeno | Cortesia da Polícia de Lancaster Divulgação
O desenho é terrível: As linhas grossas parecem um triângulo invertido com cabelo, ou um morango vestindo um chapéu pequeno| Foto: Cortesia da Polícia de Lancaster Divulgação

Honestamente, o desenho é terrível. 

As linhas grossas parecem um triângulo invertido com cabelo, ou um morango vestindo um chapéu pequeno. Os dois olhos em formato de pontos foram inexplicavelmente combinados com linhas horizontais e nenhuma sobrancelha. Há somente uma orelha. 

Ainda assim, a polícia de Lancaster, no estado americano de Pennsylvania, disse que identificou um suspeito graças ao desenho feito por uma testemunha de acordo com sua memória. O homem supostamente fingiu ser funcionário de uma feira de produtores antes de fugir com o dinheiro das vendas no dia 30 de janeiro. 

O desenho era "amador e caricato", disse a polícia na quarta-feira em uma postagem no Facebook. O desenho e a descrição física do ladrão lembrou pelo menos um policial do encontro com Hung Phuoc Nguyen, de 44 anos. A polícia então mostrou para as testemunhas imagens de possíveis suspeitos, incluindo Nguyen. 

Nguyen foi identificado e a polícia emitiu um mandado de busca por suspeita de roubo. O policial William Hickey disse para o The Washington Post que ele não sabia se Nguyen já havia sido encontrado. 

A polícia insistiu que o desenho foi um esforço sério que ajudou a encontrar o suspeito. 

"Nós lançamos todos esses detalhes no sistema na esperança que alguém reconheça o suspeito", escreveu a polícia no Facebook, de acordo com o site Lancaster Online. "Isso não foi feito como uma brincadeira". 

O site descreveu Nguyen como sem-teto. 

Melhor que a tecnologia

Numa era da onipresença da vigilância em vídeo, os desenhos policiais permanecem. Mais departamentos estão optando por softwares que combinem fotos diferentes, mas também compartilham com frequência artistas com cidades próximas que têm orçamentos modestos para funcionários. "A tecnologia é fria", disse Wayne Promisel, detetive no estado de Virginia para o The Washington Post em 2013. "Ela também não tem a habilidade de fazer perguntas em entrevistas tendo alguma compaixão com vítimas", ele conta. 

Falando sobre vítimas, Hickey disse: "nós valorizamos os esforços e a cooperação contínua. Pessoas assim fazem com que o nosso trabalho seja mais fácil e prazeroso". 

Mas não há nenhum plano de oferecer para a testemunha uma vaga de desenhista, ele conta.

Tradução de Gisele Eberspächer
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