O Youtube anunciou na última sexta-feira (2) que reverteu sua política que proibia e bania a veiculação de conteúdo sobre possíveis fraudes, erros ou falhas nas eleições norte-americanas de 2020, quando o atual presidente, Joe Biden, foi eleito, vencendo Donald Trump.
Em nota publicada em seu blog de notícias, o Youtube afirma: “no ambiente atual descobrimos que, embora a remoção desse conteúdo reduza algumas desinformações, também pode ter o efeito não intencional de restringir o discurso político sem reduzir significativamente o risco de violência ou outros danos no mundo real.”
As novas diretrizes chegam dois anos após a instituição da política do Youtube que removeu dezenas de milhares de vídeos da plataforma.
Youtube fala em debate aberto de ideias na política
Com o olhar voltado para as próximas eleições norte-americanas, o Youtube agora afirma que “a capacidade de debater abertamente ideias políticas, mesmo aquelas que são controversas ou baseadas em suposições refutadas, é fundamental para o funcionamento de uma sociedade democrática, especialmente em meio à temporada de eleições”.
A plataforma defende ainda que "talvez não haja área em que encontrar um equilíbrio entre manter um espaço livre para discussões e debates, e proteger a sociedade, seja mais complexo do que no discurso político".
Ainda que não remova os conteúdos, a plataforma qualifica como falsas quaisquer informações que reportem erros nas eleições passadas: “interromperemos a remoção de conteúdo que promova alegações falsas de que fraudes, erros ou falhas generalizadas ocorreram nas eleições presidenciais de 2020 e em eleições presidenciais dos EUA anteriores”.
Seguem ativas no Youtube tanto as políticas que proíbem desinformação eleitoral, como por exemplo conteúdos que visam enganar os eleitores sobre a hora, local, meios ou requisitos sobre as votações, bem como as políticas contra discursos de ódio, assédio e incitação à violência.