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Horror comunista

Negacionistas atacam youtuber Felipe Castanhari após ele contar o que foi o Holodomor

Monumento em homenagem às vítimas do Holodomor, na cidade de Dnipro, Ucrânia. (Foto: Bigstock)

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A postagem de um vídeo explicativo sobre a guerra na Ucrânia no qual o Holodomor é citado foi a causa de uma chuva de críticas direcionadas ao youtuber Felipe Castanhari, responsável pelo canal Nostalgia. Seguidores que desconhecem ou negam o horror provocado pelos comunistas da União Soviética contra os ucranianos no século XX acusaram Castanhari de divulgar “propaganda nazista” e “desinformação”. A onda de ataques, somada à defesa feita pelos fãs do youtuber, gerou movimentação grande o bastante para levar o nome do influencer à lista dos termos mais comentados no Twitter.

Por meio de sua conta na rede social, Castanhari desabafou: “Não importa o que eu faça, não importa como eu faça, não importa o quão responsável eu seja, não importa nada, SEMPRE vão arrumar alguma coisa pra querer colocar em dúvida o meu trabalho Eu juro que eu queria entender o que eu fiz de tão errado aqui pra essa galera me odiar tanto“, disse.

Chamado por alguns de “Holocausto comunista”, o Holodomor foi consequência de uma série de políticas agrícolas desastrosas na Ucrânia, país que tem um dos solos mais férteis do mundo. Estima-se que até 12 milhões de pessoas tenham morrido – de fome – entre os anos de 1932 e 1933.

Por ter sido um verdadeiro genocídio perpetrado contra o povo ucraniano para ver triunfar as políticas centralizadoras inerentes ao regime comunista, o Holodomor é uma tragédia encoberta por um incômodo véu de silêncio que a Gazeta do Povo descortina a fim de que catástrofes assim jamais se repitam.

Eis aqui uma lista de 5 textos e 2 podcasts para você entender melhor essa carnificina causada pela estupidez, arrogância e truculência do regime de Stalin.

Não foi um episódio acidental: a falta de comida era resultado de uma política agrícola desastrosa conduzida por Josef Stalin. Até quando estava claro que o plano tinha dado errado, o ditador soviético se recusou a recuar. Tampouco aceitou ajuda humanitária dos países vizinhos, que observavam a situação com desespero. Até hoje se debate se Holodomor foi genocídio ou crime contra a humanidade. Mas não há nenhuma dúvida de que esse massacre poderia ter sido evitado.

No que depender dos livros didáticos brasileiros, dificilmente um estudante de ensino básico vai ter contato com a expressão Holodomor. Vai conhecer apenas por alto as causas da grande fome na China e, em boa parte dos casos, não será informado de que Cuba é uma ditadura.

Os primeiros olhos do Ocidente a presenciar a tragédia da década de 1930 (também conhecida como Holodomor) foram os do jornalista britânico Gareth Jones, que viajou escondido à Ucrânia e se deparou com cenas de desespero: forçados a participar de um sistema de produção coletiva de grãos para sustentar os delírios de grandeza de Stalin, os camponeses ucranianos se viam sem o mínimo necessário para alimentar a si próprios.

Entre 1932 e 1933, aproximadamente sete milhões de famílias de camponeses foram exterminadas por uma fome deliberada e planejada na Ucrânia, e outras três milhões morreram fora do país, totalizando dez milhões de mortes desnecessárias de trabalhadores inocentes. Não houve seca, guerra ou motivo para que essas guerras ocorressem, sobretudo num dos países mais férteis da Terra Negra Central.

A coletivização do campo promovida por Stalin estabeleceu o confisco das propriedades e fazendas privadas, bem como de todos os alimentos. Essa política foi aplicada pela polícia estatal e por agentes locais e, como consequência, pelo menos quatro milhões de ucranianos – e vários milhões a mais na União Soviética – morreram de fome.

"Em todo lugar havia o grito: ‘não há pão. Estamos morrendo’. Esse grito veio de todas as partes da Rússia. Eu vaguei pela região da terra negra porque aquela já foi a área agrícola mais rica da Rússia e porque os correspondentes foram proibidos de ir lá para ver por si mesmos o que está acontecendo”.

A maior parte dessa história não é contada nas escolas, onde o grande vilão retratado nos livros é o “império estadunidense”, para usar a terminologia ativista. Mesmo na imprensa é raro um olhar crítico sobre os inúmeros crimes do comunismo.

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