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Captação de luz solar é alternativa para aquecimento da água dos chuveiros e torneiras | Marcelo Elias/Arquivo/Gazeta do Povo
Captação de luz solar é alternativa para aquecimento da água dos chuveiros e torneiras| Foto: Marcelo Elias/Arquivo/Gazeta do Povo

O aumento da tarifa e a sinalização do governo em relação a uma possível racionalização do consumo de eletricidade acendeu o alerta para a economia de energia. O que muitas pessoas esquecem, entretanto, é que a otimização do consumo pode ir além da troca de lâmpadas e de equipamentos com a adoção de soluções que podem ser pensadas no momento da construção ou reforma da residência. Neste caso, o planejamento detalhado do projeto e a busca por sistemas eficientes que, mesmo exigindo um maior investimento prévio, tem bom custo-benefício no longo prazo. Confira cinco dicas de especialistas para otimizar o uso da eletricidade em casa.

Chuveiro

O chuveiro é um dos principais vilões do consumo de energia de uma residência. O aquecimento da água por sistema de placas solares ajuda a reduzir este impacto. As placas são instaladas na cobertura e podem ser adaptadas a qualquer construção. Basta dar atenção à posição, inclinação e localização corretas para o maior aproveitamento da insolação. O investimento para a instalação é retomado entre um ano e meio e cinco anos de uso do sistema. Outra alternativa é utilizar uma instalação que una eletricidade e aquecimento a gás de passagem, tornando o chuveiro "flex". Para isto, basta deixar um ponto de eletricidade e outro de gás para o equipamento.

Estrutura

Potencializar o isolamento térmico das paredes e telhado, reduzindo as trocas de calor entre os ambientes internos e externo, é uma forma de reduzir o consumo de energia pelos sistemas de ar-condicionado. Na alvenaria tradicional, a adoção de paredes duplas de tijolos preenchidas com camada de ar garantem o isolamento. Construções pré-moldadas, como steel e wood frame, recebem camadas de lã de rocha entre os perfis para esta função.

Na cobertura, o telhado verde é opção mais indicada para aprimorar o isolamento térmico, pois sua camada de substrato consegue manter a temperatura interna mais constante, otimizando o uso do ar-condicionado. Para quem deseja manter o telhado aparente, a instalação de manta aluminizada ou de chapas de cimento-madeira entre as telhas e o forro são outras alternativas para reduzir o consumo com a refrigeração dos ambientes.

Iluminação

Sensores de presença são uma boa alternativa para reduzir o consumo de energia com iluminação. Eles costumam ficar ligados 30% do tempo, comparado às lâmpadas sem o dispositivo. O sistema pode ser instalado em áreas externas ou de pouco uso, mas também em ambientes internos, acoplados a outros equipamentos, como televisores. Projetos luminotécnicos que permitam diversos cenários dentro do mesmo ambiente são outra solução, pois permitem a utilização de uma única lâmpada ou de um conjunto delas de acordo com a atividade desenvolvida no espaço.

Esquadria

As peças tradicionais, metálicas ou de vidro temperado, apresentam frestas que permitem a passagem de calor entre o ambiente interno e externo, o que ocasiona perdas constantes dos sistemas de aquecimento e refrigeração dos ambientes. A dica é utilizar esquadrias com vidros duplos e sistemas de vedação, que retardam essa troca e garantem o melhor aproveitamento do ar-condicionado.

Luz e calor naturais

Abusar da luz natural por meio de amplas janelas ou de claraboias reduz o consumo de energia com iluminação artificial, além de deixar os ambientes mais aconchegantes. A instalação de brises, que permitem o controle da radiação externa e, consequentemente, do calor dentro do ambiente, é outra sugestão para otimizar a utilização dos recursos naturais, racionalizando o consumo de energia.

Fontes: Adriane Cordoni Savi, arquiteta da Tellus Arquitetura e Sustentabilidade, especialista em construções sustentáveis e mestranda em Engenharia Civil na área de sustentabilidade em ambientes construídos. Ormy Hütner Júnior, arquiteto da Tellus Arquitetura e Sustentabilidade. Roberto Heinrich, engenheiro elétrico e professor da área de Telecomunicações da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

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