Quem está pensando em alugar um imóvel de até três quartos, na faixa de R$ 300 a R$ 800 e em bairros próximos ao Centro de Curitiba, deve se apressar, sob pena de ter de abrir mão do preço, da localização ou do tipo de imóvel pretendido. O motivo é simples: a oferta de imóveis para alugar na capital paranaense não está acompanhando a procura e, em tempos de vacas magras para o mercado, não há corretor que faça milagre. Se a pressa for muita, a alternativa é pagar mais que o previsto ou então se contentar com o imóvel que estiver à disposição, correndo-se, assim, o risco de frustrar a expectativa de morar naquele bairro tão sonhado ou no apartamento com "aquela" vista.
Todavia, se as exigências forem específicas como quanto ao tamanho, tipo, preço e localização, por exemplo e a procura não for urgente, convém aguardar. Foi o que fez o administrador Marcelo Guerreiro, que desde o ano passado procurava uma casa ideal para abrigar a terceira unidade da sua academia de ginástica em Curitiba. Na última quinta-feira ele finalmente encontrou o imóvel desejado na Avenida Munhoz da Rocha, no Cabral, e imediatamente assinou o contrato de aluguel. "Não foi fácil, mas finalmente achamos uma casa que se adequasse ao que procurávamos. A localização e o espaço, que foram os fatores que mais influenciaram na escolha, são exatamente como imaginávamos. Agora é só reformar e inaugurar", diz, satisfeito, o administrador, que pretende ficar no imóvel por tempo indeterminado.
A baixa oferta atual é traduzida em números. Segundo Luiz Nardelli, vice-presidente de economia e estatística do Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi-PR), em 2002 havia uma média de 5.000 imóveis residenciais para locar em Curitiba. Hoje há 1.700. "A pequena oferta se deve basicamente à paralisação na construção civil, ao passo que a boa procura se justifica pela melhoria da qualidade de vida, fator que fomenta a procura por novos imóveis", justifica Nardelli.
Os mais procurados
Entre os imóveis mais concorridos para alugar estão aqueles bem localizados e em bom estado de conservação, de até três dormitórios e que custam até R$ 800. Para Sebastião Santos, diretor de locação da Apolar Imóveis, os imóveis com essas características já estão em falta. "Eles estão sendo locados com rapidez, o que faz diminuir em muito o estoque desses produtos", explica.
Mas a falta de oferta não está sinalizada apenas entre os imóveis menores e mais baratos, situados na maior faixa de consumo. De acordo com Sidney Axelrud, diretor da Cibraco Imóveis, o mercado dá sinais de escassez também no outro extremo. "Estão muito valorizados os aluguéis mais caros, nas residências de alto padrão. Casa boa de condomínio fechado é pão quente", ressalta.
Segundo Sebastião Santos, da Apolar, embora a procura por apartamentos ainda predomine, as casas em condomínios fechados são cada vez mais procuradas. "Isso é influenciado pela chegada de grandes empresas de fora que trazem executivos com exigências por imóveis de alto padrão", conclui.
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