Não é raro que os moradores de um bairro tenham devoção pelo santo do mesmo nome do lugar onde moram. o contrário o bairro ganhar o nome do santo de preferência da população local já não é tão comum. Mas foi exatamente isso o que aconteceu no São Braz, no Norte de Curitiba.
O bairro recebeu o seu nome oficial pela grande devoção de seus moradores a esse santo, que viveu no século 3 como médico e, além de cuidar da saúde física das pessoas, também zelava pela vida espiritual de seus pacientes. São Braz foi, desde o final do século 19, muito admirado pela população local, formada principalmente por imigrantes italianos e poloneses que lhe dedicavam as orações.
A região ainda é povoada por alguns dos descendentes das antigas famílias e, por esse motivo, o bairro manteve a vocação essencialmente residencial. Segundo o diretor da imobiliária Ponto Mil Imóveis, José Cesar Giudice, o São Braz atualmente tem vida própria, até mesmo pelo fato de ter como vizinhos os bairros Santa Felicidade, Orleans e Santo Inácio. "Os valores de locação e venda, em sua maioria, são acessíveis, comparados as outras regiões", afirma.
Para ele, a área comercial começou a se desenvolver há apenas cinco anos. "Existem muitas lojas de automóveis no São Braz. A rua Toaldo Túlio é uma das que mais comporta o comércio da região", diz. Giudice conta que o futuro do São Braz está nos condomínios residenciais. "Os loteamentos são poucos e o zoneamento não permite a construção de grandes prédios", enfatiza.
A sócia-gerente da Kondor Imóveis, Neusa Kutinskas, vê o mercado local como predominantemente residencial, com alguns focos comerciais. "Há uma procura grande por residências comuns, mas os condomínios fechados já são bem aceitos, bem como as lojas na rua Toaldo Túlio", explica.
Ela lembra que a bacia do Passaúna é uma das poucas restrições para quem deseja construir. "Quem possui terrenos nessa região precisa preservar o meio ambiente e, por isso, não pode utilizar 100% do terreno com a construção." As casas de madeira, segundo Neusa, ainda são encontradas em grande número, o que barateia ainda mais a locação. "Elas são mais baratas que as casas de alvenaria e custam em média R$ 350."
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