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A engenheira florestal Michelle Althaus Ottmann está trazendo a Curitiba uma proposta no mínimo curiosa: usar a natureza como arma contra o vandalismo. A idéia, que já está sendo colocada em prática na cidade de São Paulo, é plantar trepadeiras em muros muito visados pelos pichadores, o que equivaleria a deixar os "artistas" sem tela.

Michelle imagina que poderia ser criada uma política que combinasse proteção do patrimônio e educação ambiental. "As escolas são alvos freqüentes das pichações, os próprios estudantes podem plantar e aprender com isso", diz. Segundo ela, os dois hortos municipais existentes atualmente – o do Barreirinha e o do Guabirotuba – têm capacidade para suprir a demanda da cidade por mudas.

Para escolher qual tipo de trepadeira seria usada nesta "campanha", a engenheira florestal aponta duas opções: o cipó-rosa e o cipó-de-são-joão. "Em São Paulo, eles vão usar o cipó-unha-de-gato, mas ele exige mais manutenção", explica. Como esta espécie precisa de pelo menos duas podas por ano, a sua implantação acabaria se tornando um problema para a administração municipal.

A engenheira florestal aponta ainda outra vantagem de plantar trepadeiras em muros expostos ao vandalismo. "Além de proteger, elas atraem pássaros, criam um ambiente agradável, com mais qualidade de vida", afirma. Para quem tem medo de insetos, não há motivo para preocupação: os cipós produzem uma substância que afugenta os pequenos animais.

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