Quando assinou o contrato de aluguel de um apartamento no Ahú, bairro da região Norte de Curitiba, a corretora de seguros Andrea Roscamp Kaminski entrou para uma estatística importante do mercado imobiliário, a de gente que aproveita os dois primeiros meses do ano para encontrar um novo imóvel. Este movimento é tão expressivo que leva a a um aumento de aproximadamente 50% nas locações em relação à média. Comparando ao mercado agrícola, esta é a época da "safra" para as imobiliárias.
Andrea não estava planejando a mudança ela foi avisada pela empresa de que estava sendo transferida de Paranaguá para Curitiba em dezembro mas o período foi providencial para os preparativos. Graças às férias de janeiro, teve o mês inteiro para procurar um imóvel no padrão que desejava; um apartamento de três quartos próximo de onde a mãe dela mora, no Juvevê. "O que complicou um pouco é que eu já tinha o tipo de imóvel definido e a localização. Se não tivesse essas restrições, seria mais fácil", diz. Apesar disso, deu sorte e na semana passada já estava de casa nova. "E ainda consegui aproveitar uma semana das minhas férias", comemora.
Transferências
O caso da corretora é exemplar. De acordo com o diretor da imobiliária Localite, Carlos Alberto Dornfeld, o principal motivo deste aquecimento sazonal das locações é o fato de janeiro e fevereiro serem os meses de maior concentração de transferências para outras cidades. "Pessoas de outros lugares que vêm estudar em Curitiba e as que são transferidas pelas empresas em que trabalham preferem alugar um imóvel primeiramente para conhecer melhor a cidade e ambientar-se. Elas normalmente só realizarão uma compra depois", diz o executivo.
Este foi o motivo que o administrador Daniel Kley, que veio de Porto Alegre para trabalhar em uma empresa de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, apontou para justificar a locação de um imóvel ao invés de investir em uma aquisição. "Como foi uma mudança não planejada com grande antecedência, preferi primeiramente alugar um apartamento perto do centro da cidade. Meu plano é comprar um imóvel aqui, mas antes quero conhecer melhor os bairros e também os parâmetros de valores de imóveis", explica.
O diretor da imobiliária Habitec, Luis Fernando Koehler de Camargo acredita que esta é uma tendência. "A incidência é maior na locação porque as famílias que se mudam para cá têm como prioridade instalar-se para depois pensar em comprar um imóvel", diz. Camargo acredita que neste ano fevereiro terá um resultado ainda melhor, já que o Carnaval será no fim do mês.
O diretor da Localite e atual presidente da Redeimóveis (rede formada por 12 imobiliárias de Curitiba) afirma que a tendência já está se traduzindo em números este ano. "Nesta primeira quinzena de janeiro, tivemos um volume de negócios 10% maior que no mesmo período do ano passado, boa parte dele em locações", diz Carlos Dornfeld.
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