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A mesma tevê de LCD serve para dois ambientes no projeto de Fernanda Marques para o Universe Life Square da Thá/Rossi | Marcelo Elias/Gazeta do Povo
A mesma tevê de LCD serve para dois ambientes no projeto de Fernanda Marques para o Universe Life Square da Thá/Rossi| Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo

Conforto

A distância ideal para cada tamanho de tevê:

Tamanho - Distância

De 19 a 26 polegadas - Entre 1,5 e 2 metros

De 27 a 37 polegadas - Entre 2,4 e 2,8 metros

De 38 a 47 polegadas - Entre 3,2 e 3,6 metros

48 ou mais polegadas - Pelo menos 4 metros

Fontes: Philips e LG

  • Eduardo Mourão utiliza um painel de madeira para embutir o televisor
  • O projeto de Daniela Omairi ousou ao colocar a tevê ao lado da lareira a gás
  • A tevê ganhou destaque no projeto de cozinha de Viviane Busch. Pastilhas de vidro vermelhas compõem o fundo

Televisores estrategicamente escondidos por portas em armários e estantes ou renegados apenas às salas íntimas são situações que ficaram no passado. O advento das tevês de alta definição, com imagem e som digital, aliado ao investimento em design promovido pela indústria de eletrônicos, transformou os televisores em objetos de decoração e de desejo dos consumidores.

A arquiteta Daniela Omairi conta que há pelo menos dois anos só realiza projetos com tevês de tela de plasma ou de cristal líquido (LCD, na sigla em inglês), as duas opções de aparelhos de alta definição disponíveis no mercado. "É uma tendência irreversível, porque alia tecnologia e beleza", diz.

Os projetos arquitetônicos modernos trazem consigo o conceito das tevês vedetes. "Um aparelho como esses custa até mais de R$ 10 mil e precisa ser bem trabalhado em um projeto que combine com o ambiente e com o estilo de vida dos moradores", comenta Daniela.

Além da melhor definição de imagem e som, as tevês modernas são mais leves do que os aparelhos convencionais, com tecnologia de tubo de imagem. A diferença de peso é de pelo menos 50%, de acordo com os fabricantes. "Os antigos suportes para televisão estão sendo substituídos por cabos de aço ou ainda por painéis de madeira para embutir o aparelho na parede. É mais elegante e valoriza a peça", diz a arquiteta paulista Fernanda Marques.

Para ela, o design dos aparelhos também conta a favor. A indústria oferece cores, modelos e tamanhos que chegam a 71 polegadas. "A tevê faz parte do cotidiano, é um elemento que integra as pessoas e compõe a decoração dos ambientes. Com as tevês de plasma e LCD, o objeto deixou de ser um problema para a arquitetura. Não há porquê esconder um televisor que, mesmo desligado, é muito bonito", argumenta.

As arquitetas explicam que a versatilidade permite ousar no projeto. Fernanda, por exemplo, desenvolveu uma estrutura em aço inox e vidro de forma que o mesmo aparelho é utilizado em dois ambientes, sala e dormitório. A tevê foi fixada em uma caixa de aço inox que fica presa a uma parede de vidro estruturada com tubos de aço, por onde passam os cabos de energia, som e de tevê a cabo.

A caixa com a tevê gira 360 graus e pode ser assistida tanto na cama quanto no sofá. "Esse é o projeto ideal para pessoas práticas que procuram apartamentos com quarto integrado à sala e à cozinha. Além de ser diferente, o projeto privilegia a economia de dinheiro e espaço", afirma Fernanda.

O arquiteto e designer Eduardo Mourão lembra que antes de definir o tamanho da tevê que será comprada, é preciso ter certeza do lugar em que vai ficar. "Tevês muito grandes devem ser utilizadas em espaços maiores. São ideais para salas amplas onde as pessoas se encontram quase que exclusivamente para ver tevê."

Daniela Omairi comenta que projetos que envolvem a utilização de equipamentos eletrônicos precisam ter o auxílio de técnicos que façam o estudo da posição em que o televisor precisa ficar. "Cada tamanho de tevê precisa de uma distância específica para que seja confortável assistir (veja quadro ao lado). Outra preocupação é com a posição das caixas de som, principalmente no caso de um home theater."

A arquiteta ousou ao assinar um projeto para uma sala onde a tevê fica ao lado de uma lareira a gás. Um móvel em madeira foi pensado para revestir e disfarçar a coifa da lareira e também servir de suporte para a tevê, que fica semissuspensa. "O equipamento foi colocado a uma distância segura para que não sofra nenhum dano", justifica Daniela.

Além das salas e quartos, os arquitetos desenvolvem projetos com tevês para ambientes como cozinhas, banheiros e áreas de serviço. "As pessoas querem televisores em todos os locais da casa. O aparelho funciona como uma ‘companhia’ para refeições rápidas ou para passar roupa, por exemplo", diz a arquiteta Viviane Busch.

Ela criou um projeto para cozinha com uma tevê de 20 polegadas fixada em uma parede revestida com pastilha de vidro vermelha. Abaixo da parede há um balcão para refeições rápidas. "Ela não serve somente para quem está no balcão, mas também para quem está preparando os pratos", explica a arquiteta, lembrando que televisão na cozinha é um hábito antigo que caiu em desuso por um tempo.

Eduardo Mourão diz ainda que as casas com cozinhas gourmets e espaços maiores para receber convidados podem ter uma tevê para entreter durante os eventos. "Recomendo colocá-la de forma que seja uma presença discreta no ambiente. Para que convidados e anfitriões possam conversar e ter, por exemplo, o som e a imagem de um show na tevê."

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Plasma ou LCD: qual a melhor opção?

Antes de realizar o sonho de ter uma televisão de alta definição o consumidor tem a difícil missão de definir a tecnologia de sua preferência. Em geral, os profissionais que fazem o projeto arquitetônico não interferem na escolha. "Recomendo que antes da compra o cliente converse com técnicos especializados. Costumo alertar apenas que para ambientes muito iluminados a televisão de LCD funciona melhor, por causa do reflexo", diz a arquiteta Daniela Omairi.

A superioridade na qualidade da imagem e o do som se dá tanto na tevê de plasma quanto na de LCD. Mas quais são os aspectos técnicos que as diferenciam e como escolher a melhor? Confira as diferenças no quadro abaixo:

Compare

Saiba quais são as vantagens e desvantagens apontadas pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste) e pelas fabricantes Philips e LG.

Plasma

Como funciona: são milhares de lâmpadas fosforescentes em miniatura. Carregadas, elas emitem gases de luz ultravioleta que, em contato com o fósforo, geram a imagem.

Vantagens: maior ângulo de visão, cores mais vivas e um contraste maior. Para os modelos acima de 46 polegadas, os preços, em comparação com as de LCD, são mais baixos.

Desvantagens: o padrão de eficiência na emissão de cor perde qualidade com o tempo e apresenta alto consumo de energia. A vida útil é curta, estimada em cinco anos. Outro ponto negativo é o chamado efeito burn-in, causado por imagens estáticas que mancham definitivamente a tela.

LCD

Como funciona: possui uma lâmpada de luz branca e brilhante (backlight), cuja luminosidade é filtrada pelos cristais líquidos da tela.

Vantagens: durabilidade estimada em até dez anos, menor consumo de energia, mais leves e sofrem menos com a luz ambiente.

Desvantagens: efeito "fantasma" na tela quando a cena assistida reproduz movimentos mais ágeis e maior distorção de cores. É recomendada principalmente para modelos com até 42 polegadas.

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