• Carregando...
Casa disponível para locação em Itapoá, no Litoral de Santa Catarina: cuidados ajudam na hora de atrair inquilinos | Divulgação/Apolar
Casa disponível para locação em Itapoá, no Litoral de Santa Catarina: cuidados ajudam na hora de atrair inquilinos| Foto: Divulgação/Apolar

Inquilino

Cuidados básicos asseguram o sucesso das férias

• Quem pretende alugar uma casa ou apartamento para curtir as férias na praia também precisa se planejar. O presidente do site AlugueTemporada, Nicholas Spitzman, diz que reunir informações é a principal sugestão para fechar o negócio sem dor de cabeça. Confira outras dicas do especialista:

• Reúna indicações de amigos, conhecidos ou hóspedes anteriores que deixaram avaliações no anúncio do imóvel. Essas dicas costumam ser bastante valiosas

• Se a distância permitir, faça uma visita ao imóvel antes da locação. Isso pode evitar surpresas desagradáveis

• Planeje a locação com o máximo de antecedência. Isso garante mais opções e previne que o imóvel desejado esteja com reservas

• Peça um contrato de locação, que deverá conter informações sobre a forma de pagamento, regras de uso do imóvel (capacidade máxima de lotação, permissão para animais e formas de limpeza, por exemplo) e uma relação dos móveis e objetos da casa. Este documento deve ser assinado pelo inquilino e pelo proprietário do imóvel

• Busque um site confiável para fazer a pesquisa dos imóveis. É fundamental checar o tempo de atuação da empresa, seu alcance e se há uma central de atendimento ao consumidor por telefone

Entre 10% e 20% sobre o valor do aluguel

Esta é a taxa administrativa cobrada pelas imobiliárias para intermediar a locação dos imóveis por temporada. Se o aluguel for feito sem a ajuda de uma imobiliária, a recomendação do Secovi-PR é para que o proprietário negocie com o inquilino o recebimento do dinheiro antes ou na data da locação.

  • Proximidade da praia e opções de lazer disponíveis no imóvel estão entre as opções mais procuradas para aluguel de temporada

A temporada de verão está chegando e exige organização por parte de quem pretende garantir uma renda extra com a locação de imóveis no litoral. Patrícia Serpa, gerente de locação da Muraski Imóveis, de Guaratuba, alerta que quanto antes o proprietário se organizar, mais cedo consegue fechar a locação do imóvel. Isso porque a oferta de residências costuma ser maior do que a procura efetiva pelos imóveis.

"Antes, quem locava era quem tinha uma casa fechada no litoral, para veraneio. Hoje, há casos de moradores que saem de casa e vão para um segundo imóvel para garantir esse ganho extra com a locação", explica. Na Muraski, dos 315 imóveis que fecharam a carteira do último verão, 200 já tiveram seus contratos renovados para locações na temporada de 2014 – 50% deles, por sua vez, já estão locados para o final do ano, que costuma ser o período mais procurado. "Tenho locação fechada desde julho", conta Patrícia.

Grana extra

A renda extra é o principal motivo para que os proprietários coloquem seus imóveis para locação no verão. A assistente social e professora Eliane Bronholo Bisetto, que há oito anos aluga um imóvel que tem em Caiobá, conta que os aluguéis ajudam a custear as despesas, como o IPTU, por exemplo. "Também investimos o dinheiro na manutenção e melhoria do imóvel", diz.

O montante arrecadado pelo proprietário, entretanto, varia de acordo com alguns fatores, como a localização do imóvel, distância do mar, número de pessoas que comporta e padrão de conforto. Em Guaratuba, o valor da diária para locações entre os dias 26 de dezembro e 04 de janeiro varia entre R$ 250 e R$ 2,5 mil. A partir de janeiro, os valores caem e ficam entre R$ 150 e R$ 2,3 mil por dia. "Em Caiobá, as casas próximas ao mar que acomodam até dez pessoas têm diárias entre R$ 350 e R$ 500", explica Dâmares Moraes, diretora administrativa de locação da Apolar Imóveis.

Cuidados

Para garantir o sucesso do aluguel, o proprietário precisa fazer uma limpeza no imóvel e assegurar que tudo esteja funcionando bem para receber os inquilinos – o que inclui louças, colchões e mobiliário. Também é aconselhável realizar revisões elétrica e hidráulica para evitar transtornos durante a locação. "No ano passado tivemos problemas com a falta de água. Então, pedimos aos locadores que verifiquem a capacidade de suas caixas d’água e analisem se não é o caso de instalar uma segunda caixa ou cisterna", sugere Dâmares.

Fátima Galvão, vice-presidente de locação do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR), orienta que nos aluguéis firmados entre pessoas físicas, o proprietário receba o valor da locação antes da ocupação do imóvel para evitar surpresas desagradáveis, como o não pagamento do montante acordado. "O proprietário sempre terá mais segurança se procurar uma imobiliária, que atua como sua representante e torna o negócio mais profissional", acrescenta.

Imposto de renda pode reter parte dos ganhos

Alugar a casa da praia por alguns dias ou durante toda a temporada garante uma renda extra ao proprietário, que pode usar a verba para custear despesas ou realizar melhorias no imóvel. O lucro do aluguel, entretanto, nem sempre pode ser utilizado em sua integridade já que o recolhimento do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) incide sobre o montante. "Para fins de imposto de renda, o aluguel é tributado independente se for por temporada ou pelo sistema tradicional", explica Juliano Jansen de Mello Nodari, economista e diretor da A. Fortiori Imóveis.

Se a soma das rendas mensais do proprietário mais o valor obtido com o aluguel ficar acima da faixa de isenção – que é de até R$ 1.787,77 –, o dono do imóvel deve fazer o recolhimento do imposto pelo Documento de Arrecadação da Receita Federal (Darf) até o último dia útil do mês seguinte ao do recebimento do valor. "A pessoa precisa ficar atenta à obrigatoriedade do recolhimento, por mais que seja um ganho específico em um mês determinado. Não informar o rendimento pode fazer com que ela caia na malha fina e tenha de se explicar para o Leão, podendo até mesmo pagar multa", acrescenta Nodari.

O IR recolhido sobre o valor do aluguel pode, inclusive, alterar o porcentual pago pelo proprietário do imóvel. Uma pessoa com renda mensal de R$ 3 mil, por exemplo, paga 15% de imposto. Se o montante arrecadado com o aluguel por temporada somar R$ 4,5 mil, neste período a alíquota subirá para 27,5% da renda.

Uma dica do economista é para que os proprietários declarem no imposto as comissões pagas a corretores e imobiliárias para intermediar o negócio. "Este valor pode ser abatido no cálculo do IR, o que pode fazer com que o proprietário pague menos imposto", sugere Nodari.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]