A relação com a comunidade vizinha a um novo empreendimento está entre as principais preocupações de construtoras e incorporadoras, que geram mudanças no cotidiano com o início de suas obras. Barulho durante todo o dia, bloqueio de parte da rua e movimento de carros e caminhões estão entre os incômodos que a rotina nas construções ocasionam. Por isso, além de ganhar clientes para aquisição de unidades, as empresas investem em garantir a tolerância e simpatia da vizinhança.
Supervisor de operações do Shopping Omar, vizinho ao canteiro de obras do Universe Life Square, da incorporadora Rossi (na Rua Comendador Araújo, em Curitiba)Joelmo Bueno da Silva conta que "a barulheira é imensa" há mais de um ano.
A empresa procurou a vizinhança desde o início e explicou tudo o que seria feito no local. "Desde então estou sempre em contato com o mestre de obras e engenheiros. Quando é preciso intercedo em nome dos lojistas do shopping, por conta de algum incômodo, como trepidação ou barulho de furadeira", diz.
Como é uma obra muito grande o edifício deverá ser o mais alto da região Sul o relacionamento se prolongará por cerca de dois anos ainda. "Mas o incômodo será compensado no final, porque é um benefício para o comércio e valorização da região."
Antes de iniciar as construções de seus futuros empreendimentos, a Rossi envia cartas com a apresentação da incorporadora aos vizinhos. O material explica a mudança de rotina e disponibiliza os meios de contato com a área de relacionamento com clientes da empresa. A iniciativa, explica a gerente do departamento, Paula Guimarães, tem o objetivo de tranquilizar os moradores e comerciantes do entorno de todas as regiões de atuação da incorporadora. "A relação respeitosa e transparente é fundamental. Estamos cientes das mudanças que trazemos e queremos ter um canal aberto com eles."
Benfeitorias
Como parte da política de envolvimento com a comunidade, a chegada do Condomínio Residencial Veredas, da construtora Strobel, no bairro Águas Claras, em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba, rendeu benfeitorias para rua próxima ao empreendimento, em parceria com a prefeitura da cidade. Os trabalhos incluíram a pavimentação em paralelepípedos, construção de meio fio e execução de calçada em paver (peças pré-moldadas de concreto), além de ajardinamento e relocação da iluminação pública.
Foram investidos R$ 100 mil, revela o sócio proprietário da construtora Félix Strobel Júnior. "Além de embelezar e levar melhorias para infraestrutura da região, a obra eliminou o incômodo da lama e da poeira, propiciando mais conforto aos moradores", diz Strobel. O condomínio tem 194 lotes, com área privativa a partir de 140 metros quadrados e foi planejado para a construção de residências térreas e sobrados.