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O professor Alexandre Santos: projeto deve levar em conta a insolação e outras condições naturais do imóvel | Felipe Rosa/ Gazeta do Povo
O professor Alexandre Santos: projeto deve levar em conta a insolação e outras condições naturais do imóvel| Foto: Felipe Rosa/ Gazeta do Povo

Ar-condicionado

Aparelhos de janela, split, multi split e portáteis se adequam a diferentes necessidades. Saiba qual deles se encaixa na sua.

- Janela (ou parede) – são os mais comuns e mais baratos, com maior presença no mercado. Se você quer refrigerar apenas um cômodo e não se incomoda com barulho, pode ser uma opção interessante.

- Split – são mais modernos, apresentando o design e novas funções como diferenciais. São divididos em duas unidades, a interna (evaporador) e a externa (condensador). Isso reduz o nível de ruído dentro do ambiente, já que o motor fica do lado de fora. Esses aparelhos custam mais e a instalação também é mais cara.

- Split com inverter – o sistema é semelhante ao do split convencional. Contudo, eles determinam a regulagem de temperatura de acordo com a carga térmica do ambiente e não no sistema liga e desliga.

- Multi split – modelos com mais de um evaporador e um único condensador, para refrigerar diferentes ambientes de uma só vez. Contudo, são mais caros que os modelos split convencionais.

- Portátil – são pesados e custam caro. Também precisam de acoplagem a uma janela ou a um espaço na varanda. A água resultante da operação é acumulada no próprio aparelho, ou seja, é preciso, de tempos em tempos, esvaziar o reservatório.

Fonte: Proteste e redação

Contexto

Tipo de construção e o sistema de refrigeração necessário.

- Residências e obras de pequeno porte (escritórios, consultórios, salas comerciais): nesses locais, pode ser usado o ar-condicionado tipo split ou split com inverter, além dos modelos tradicionais (janela ou parede) e portáteis. Todos precisam de ligação com área externa para dreno.

- Obras de médio porte (bancos, lojas de departamento, supermercados): o sistema de Volume de Refrigerante Variável (VRV) é o mais indicado, pois é um equipamento que usa uma unidade condensadora externa e pode atender até 32 unidades evaporadoras internas.

- Obras de grande porte (grandes indústrias, como as do setor automobilístico ou hospitais): para barracões e obras maiores, a indicação é a de um sistema de refrigeração que é composto por uma unidade que resfria a água e, a água gelada, através de um equipamento distribuidor, esfria o ambiente.

Um ambiente confortável, com temperatura que agrade, pode ser obtido com o uso de aparelhos que permitem melhorar a condição climática. O ar-condicionado é capaz de favorecer o ambiente, seja para resfriá-lo ou esquentá-lo. A definição técnica do aparelho diz que a sua função é tirar calor ou frio de um lugar e transferi-lo para outro.

"Pela definição, já devemos entender que os aparelhos precisam de uma ligação com algum lugar que possa receber calor ou frio sem problemas, geralmente uma área externa", expõe Ale­­xan­­dre Fernandes Santos, professor da Escola Técnica Profissional de Refrigeração. Ele explica que os aparelhos de ar-condicionado são como torneiras: como o processamento sempre envolve água, é preciso encontrar um dreno, uma área externa ou interna que possa receber o líquido produzino pelo uso do aparelho.

"Em qualquer tipo de sistema, é preciso mais que um ponto de força para suportar a carga do aparelho. É preciso levar em conta a área ex­­terna, a insolação e outras condições naturais do imóvel, como o material com que foi construído e a localização", completa.

O engenheiro mecânico Fer­­nando Fontana, da Engesave, empresa especializada em engenharia térmica, explica que, para optar por um sistema de refrigeração, é preciso levar em conta o número de pessoas que estará no local, a área ocupada, o tipo de co­­bertura e das paredes, a incidência de sol, o tipo de iluminação e a quan­­tidade de aparelhos – como computadores e televisão, que emitem calor – que ficará no ambiente. "É preciso levar em conta esses e outros parâmetros para escolher qual equipamento será instalado. Do contrário, é provável que o aparelho não ‘dê conta’ de esfriar ou aquecer o ambiente e isso vai frustrar o comprador", comenta. A cortina, o tipo de vidro e a espessura das paredes também vão influenciar. "Cada ambiente tem uma especificidade e disso vai depender o aparelho de ar instalado", define.

Saúde e manutenção

A regulagem e inspeção contínua do aparelho são cruciais, de acordo com os especialistas. "As pessoas comentam que o frio do ar-condicionado as deixa doentes, mas a fonte dos problemas não é a temperatura. O aparelho é um lugar úmido e a sujeira que passa por ele tende a se instalar ali. O ambiente é ideal para a proliferação de bactérias e elas, sim, podem causar doenças", afirma.

Ele também defende que a manutenção preventiva tende a ser fator que influencia na economia de energia. "Um aparelho sem limpeza, sem inspeção, tende a estragar mais facilmente. Trocar uma peça quebrada, com certeza vai sair mais caro do que manter a limpeza em dia", exemplifica.

A moda é o split

Fontana explica que, para ambientes menores, o ideal é a instalação do split. O principal fator de interesse nesse aparelho é o menor ruído que produz e o direcionamento do ar. "O controle de temperatura e a confiabilidade nas peças envolvidas também é maior. A limpeza do filtro, na maior parte dos modelos, qualquer um pode fazer", indica. Ele ainda argumenta que o aparelho é mais econômico que os de janela e evita a quebra de paredes. "Os modelos de janelas são mais baratos, mas dependem de manutenção mais constante e gastam mais", diz. O split, no en­­tanto, não pode ser usado para grandes espaços. "Sem planejamento, em uma grande área, muita gente coloca muitos splits. Mas para espaços maiores, há outras soluções", comenta.

Para gastar menos com a climatização

O aparelho de ar-condicionado ajuda a criar conforto térmico, mas o consumo do aparelho pode causar sustos na hora de conferir a conta de energia elétrica. Para evitá-los, a indicação da Proteste (Associação de Consumidores) é conhecer os produtos antes de comprar. "É importante adquirir produtos que tenham informação sobre o consumo, para que você tenha idéia de quanto vai gastar, dependendo do tempo em que ele ficará ligado e da tarifa de energia da sua cidade ou estado", comenta Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste.

"Instalar o aparelho certo para cada tipo de ambiente também ajuda, pois não haverá sobrecarga no produto", completa. Ela indica que é preciso fazer uma boa pesquisa, pois os preços também va­­riam muito. A Proteste testou 12 modelos de ar-condicionado do tipo split de 12.000 BTUs, unidade de medida térmica, e avaliou de­­sempenho, segurança e nível de ruído. Os produtos se revelaram se­­guros e silenciosos, porém o consumo de energia elétrica é muito alto.

Foram testados os modelos: LG Artcool, Philco, Hitachi Shiroku­­ma Gold, Electrolux, Gree Split Garden, Midea Estilo, Elgin Silent, Brastemp Clean Frio, Carrier/Sprin­­­­ger Admiral, Komeco Mini Split Brize, York Mini Split Atlas e Consul Bem-Estar.

Em stand by, os modelos da Car­­rier, Midea e Philco consomem mais que o dobro dos outros aparelhos sob as mesmas condições. Nessa função, os equipamentos da LG, Electrolux, Consul e Brastemp gastam menos energia que os demais.

Um dos motivos que levam ao alto consumo elétrico é o fato de os modelos não possuírem tecnologia "inverter", que nivela e mantém a temperatura configurada pelo consumidor. Nos splits avaliados não existe estabilidade na temperatura, o ar condicionado liga e desliga constantemente para tentar manter a estabilidade térmica. Na prática, quando se programa o aparelho para 20ºC, a temperatura do ambiente fica variando de 15ºC até 25°C.

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