Perfil
Jovens conectados são público preferencial
O perfil dos clientes de automação residencial está bem definido no momento: são jovens que vivem conectados e aderem rapidamente às novidades tecnológicas. "Geralmente são pessoas entre 20 e 30 anos, que instalam na própria casa ou influenciam na decisão para adotar o sistema na casa dos pais", comenta Ivan Cruzeiro, da Schutz.
É o caso do empresário Gui Barthel, que mora há quatro anos no edifício Maison Classique, no Batel, construído pela San Remo. A empresa entrega os imóveis com estrutura pronta para receber automação.
"Trabalho na área da internet e já tinha interesse pelo assunto. Durante a execução da obra, a construtora ofereceu o serviço e aderi imediatamente", conta o empresário.
Barthel usa a automação para controlar luzes, ligar e desligar aparelhos eletrônicos e fechar cortinas, por meio de aplicativo no celular ou no tablet. "É muito prático. Quem tem contato com a automação não muda mais. Com acesso pelos aplicativos, usar o sistema não é difícil nem complicado, é muito intuitivo", comenta.
O que é?
Integração de sistemas é o conceito básico da automação residencial. O objetivo é manter os equipamentos da casa comandados por apenas uma central. A automação pode se iniciar com a iluminação, passando para demais sistemas de acordo com o interesse e necessidade de cada projeto, sendo os principais a climatização, a segurança e os equipamentos eletrônicos de áudio e vídeo.
Até pouco tempo, soluções de tecnologia residencial eram elementos da ficção. Na casa da família Jetson, do famoso desenho animado, os equipamentos eram comandados à distância, o café aparecia pronto e a fatia de pão pulava da torradeira na hora certa do breakfast.
Embora a empregada-robô que fala e interage com os patrões só exista na imaginação, muita coisa do universo dos Jetsons já virou realidade.
Com a popularização de tablets, smartphones e aplicativos, está mais fácil levar para dentro de casa a programação e o controle de equipamentos, e o mercado está crescendo.
"Trabalhamos nesse setor desde 2005 e há pelo menos três anos muitos clientes começaram a vir atrás destes serviços por vontade própria", diz André Dittrich, engenheiro da Autoprojects. "O conhecimento sobre automação residencial se popularizou", observa.
Igual ao carro
Ele explica o funcionamento dos sistemas relacionando a automação residencial a um automóvel.
"Quando você desliga seu carro todas as portas se trancam, as janelas se fecham, os demais sistemas internos desligam e a segurança é acionada, tudo automaticamente. O mesmo pode ser feito em sua residência", resume o engenheiro.
Mais conforto
O objetivo da automação é a comodidade. "É interessante a possibilidade de não estar em casa e controlar itens à distância. Nenhuma luz fica acessa à toa e você economiza tempo se a cafeteira ligar sozinha e fizer o café", exemplifica Ivan Cruzeiro, diretor da Schutz Automação.
"É possível programar a casa para que, ao chegar, o piso aquecido e a TV estejam funcionando", complementa.
Além de trazer conforto e economia de tempo, os sistemas automatizados são capazes de reduzir em até 30% a conta de energia elétrica. "Um painel ou aplicativo que mostrar o mapeamento do imóvel, indicando o que pode ser ligado ou desligado, gera economia de recursos", defende Cruzeiro.
Custo
A automação residencial começa a se mostrar como investimento viável. "É mais barato incluir itens de automação do que colocar mármore na casa", comenta Matheus Mello, diretor da empresa paulista Controllar.
Na Schutz Automação, por exemplo, um kit simples custa a partir de R$ 3.600. O pacote inclui a automação de dois circuitos de iluminação, home theater e ar condicionado.
O conjunto de soluções compactas para uma sala de home cinema, integrando iluminação, tevê, blu-ray player, cortinas motorizadas e ar condicionado, com telas de controle por smartphones e tablets, sai por R$10 mil na Autoprojects.
Os prestadores de serviço deixam claro que os valores mudam de acordo com o projeto, que é sempre personalizado e vai depender dos itens que o cliente quer automatizar. "Não há preços tabelados nem um valor limite. Tudo varia muito, de acordo com os sistemas que cada projeto integra e também da quantidade de pontos dentro de cada um desses sistemas", explica André Dittrich.
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