Quanto você acha que vale uma determinada casa ou apartamento? A resposta a essa pergunta pode variar de acordo com a opinião de cada pessoa. No entanto, como a avaliação do preço de um imóvel é necessária principalmente para a obtenção do financiamento imobiliário, os bancos que concedem o crédito procuram afastar a subjetividade na apuração desse custo.
Em lugar da intuição, os agentes financeiros utilizam um método científico que aponta um valor com o maior grau de precisão possível e ainda confere segurança ao futuro mutuário. Para isso, eles recorrem à experiência e ao conhecimento técnico de engenheiros, arquitetos e agrônomos.
Segundo o engenheiro Clift Giacomassi Cavet, vice-presidente administrativo do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia do Paraná (Ibape-PR), o método científico não dá margem a laudos sem a devida fundamentação técnica. "É o fim do palpite na avaliação", diz. De acordo com o engenheiro Alexandre Beltrami, vice-presidente financeiro do Ibape-PR, o sistema utilizado por especialistas para descobrir o preço de um imóvel consiste na captação de diversas variáveis (como idade, localização, andar e conservação do bem), que alimentam extensas fórmulas matemáticas (elaboradas sob o modelo de inferência estatística). É o resultado desse cálculo que indica o valor de um bem. "Os estudos desenvolvidos nessa área em nosso país o colocam entre os mais evoluídos do mundo neste ramo", destaca Beltrami.
Máquina fotográfica, trena, prancheta, roteiro e computador com planilha de cálculo são algumas das ferramentas de trabalho do avaliador. Segundo o engenheiro Fernando Ferreira, presidente do Ibape-PR, a técnica aliada ao uso desses equipamentos garante um serviço de qualidade. "Contar com um profissional devidamente preparado para fazer esse trabalho é um direito do consumidor", afirma. Ele explica ainda que, durante o processo de obtenção do preço, os especialistas também fazem uma vistoria visual que pode diagnosticar possíveis falhas de segurança na estrutura de um bem. Por isso, rachaduras, infiltrações ou vícios construtivos, entre outros problemas, podem, para surpresa de alguns candidatos a mutuário, anular a compra de um imóvel.
Portanto, como afirma o engenheiro Paulo Gaiga, presidente da Comissão de Avaliação e Perícia do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (Crea-PR), o trabalho dos especialistas está fundamentado em dois fatores: precisão e segurança. "A avaliação do valor tem na aferição do preço de um imóvel o seu objetivo principal, com as condições de segurança sendo outro aspecto importante considerado no processo", explica. "Se o avaliador detectar algum problema, fará uma ressalva que pode até fazer com que o negócio não seja realizado", afirma Gaiga. Para o engenheiro Fernando Ferreira, esse procedimento é muito importante. "Como liberar o financiamento de um imóvel que pode comprometer a segurança do mutuário e da sua família?"
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