São Paulo - A participação dos financiamentos nas vendas de imóveis usados caiu para 38,37%, o total de negócios fechados em outubro, aponta levantamento do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo). Foi o menor índice registrado em 2011. As vendas à vista, por sua vez, totalizaram 60,47%. Consórcios e a venda a prazo bancada pelos proprietários tiveram participação de 0,58%.
Segundo o estudo, no ano passado as vendas financiadas só haviam ficado abaixo de 50% do total dos negócios com imóveis usados em fevereiro, março e julho; e mesmo assim; até então oscilaram na faixa de 45%. O Creci-SP ainda não finalizou o levantamento de novembro e dezembro. A maior participação de financiamento na venda de usados foi registrado em junho, mês em que o índice foi de 55,48%.
"A queda de 15 pontos percentuais nos financiamentos, de setembro para outubro, teve como consequência direta a queda nas vendas, mas não é possível afirmar que a fonte do crédito bancário para a compra da casa própria esteja minguando", afirma José Augusto Viana Neto, presidente do conselho.
As vendas de imóveis usados na cidade de São Paulo tiveram queda de 33,21% em outubro, na comparação com setembro. Para Viana, essa redução pode ser mais um "soluço", decorrente da dificuldade de candidatos a mutuários em solucionar pendências burocráticas ou financeiras, do que um indício de crise. "Até onde sabemos, não há a fartura desejada, mas também não falta dinheiro nos bancos para financiar a casa própria de quem cumpre as exigências de entrada e comprovação da renda mínima exigida nos empréstimos", afirma. "Vamos esperar para ver como virão os resultados das vendas de novembro e dezembro".
Em Curitiba não houve queda nas vendas de imóveis novos. Segundo as entidades ligadas ao setor de construção e incorporação, as vendas se mantêm em alta, com uma variação próxima a 8% em relação ao ano anterior. De 2009 para 2010, o preço do metro quadrado de área total em empreendimentos verticais registrou pequena queda, de R$ 3.058 para R$ 3.021.
Acomodação
Na visão dos empresários da construção civil do Paraná, este deve ser um ano de acomodação de preços. Dificilmente será vista uma grande valorização de casas e apartamentos, como tem ocorrido nos últimos anos no caso dos imóveis comerciais novos, os valores praticamente triplicaram nos últimos oito anos, enquanto o preço dos lançamentos residenciais dobrou em cinco anos.
Agora, os executivos entendem que há um relativo equilíbrio entre oferta e demanda. Com isso o comprador concede a si próprio o direito de ser mais seletivo e pensar mais antes de tomar decisões. Assim, pode-se considerar que a época de empreendimentos que se esgotam no pré-lançamento acabou.
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