Até a primeira semana de junho, a Caixa Econômica Federal (CEF) já havia liberado R$ 5,3 bilhões em crédito imobiliário. Isso quer dizer que, em pouco mais de cinco meses, o banco estatal emprestou mais da metade do total de recursos disponíveis para financiamentos habitacionais este ano. O valor é recorde para o período e corresponde ao oferecido pela Caixa durante todo o ano de 2002. Com isso, já se acredita que pode haver uma revisão para cima do orçamento federal para o setor.
A presidente da Caixa, Maria Fernanda Coelho, diz que o atual ritmo de concessão de crédito imobiliário é uma tendência que se consolidou. "Isso indica que, facilmente, serão aplicados os R$ 10,3 bilhões de meta para 2006 e, talvez, até seja necessário ampliar o orçamento disponível para habitação", disse, em apresentação na sede do Sindicato da Indústria Construção Civil (Sinduscon) do Rio. Em 2005, o banco tornou disponíveis R$ 9 bilhões para isso.
A previsão dela é de que, incluindo os bancos privados, mais de R$ 18 bilhões em crédito imobiliário sejam liberados este ano, valor que também será recorde histórico.
A Caixa quer aumentar o crédito a construtoras e deve anunciar "em breve" novas condições de acesso às linhas de imóvel na planta e de apoio à produção. "Também estamos desenvolvendo uma linha de crédito que, de forma estruturada, se adaptará às condições e necessidades de cada construtora com risco de crédito aprovado na Caixa", afirmou a presidente. Segundo Maria Fernanda, a instituição deseja que a nova linha considere as particularidades do mercado imobiliário de cada estado brasileiro. Apesar de ter produtos para todas as faixas de renda, a Caixa dá prioridade a habitações para famílias com renda de até cinco salários mínimos, para as quais há subsídio do governo. Quase 92% do déficit habitacional de mais de 7 milhões de moradias está nesse segmento.
A executiva lembrou ainda que o setor da construção civil se expandiu 7% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2005 e é um dos setores que impulsiona o crescimento econômico este ano.
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