Segundo dados do Procon do Paraná, foram registrados até o início de agosto deste ano 19 reclamações pela qualidade da construção (materiais empregados e acabamento, por exemplo) e 11 por questões que envolvem reparos nos imóveis (para consertos de vazamentos e infiltrações). Os números relacionados aos itens acima estão no topo dos registros contra construtoras, ficando atrás apenas das reclamações pelo não início ou conclusão das obras.
Para Flávia Pujadas, diretora técnica do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias (Ibape), os problemas campeões em ocorrência são por umidade. Em segundo lugar, a diretora aponta as trincas e fissuras nas superfícies e, por fim, os desplacamentos de fachadas (em especial descolamento de pastilhas). "Todos os três defeitos demandam investimentos elevados para serem reparados", alerta.
De acordo com estudos realizados pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT-SP), mais de 50% das origens dos defeitos na construção estão no projeto e cerca de 25% na execução da obra. Os estudos apontaram ainda que entre os fatores que levam aos defeitos destacam-se o uso de materiais de baixa qualidade, má-fé de construtores e projetos tecnicamente mal elaborados.
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