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Jaksson Depoli, arquiteto responsável pelo projeto do Museu Floresta da Ciência e Tecnologia | Henry Milléo/ Gazeta do Povo
Jaksson Depoli, arquiteto responsável pelo projeto do Museu Floresta da Ciência e Tecnologia| Foto: Henry Milléo/ Gazeta do Povo

Integração

Aberto à comunidade, espaço terá atividades culturais, interatividade e mostra de pesquisas

O sistema construtivo proposto pela Arqbox para o Museu Floresta da Ciência e Tecnologia é um misto de estrutura metálica e vedações em woodframe. O revestimento externo será de telha asfáltica, do tipo shingle, enquanto internamente serão utilizados piso vinílico, pintura com tinta mineral e forro acústico.

"Acredito que esse é o futuro: tecnologia de ponta aplicada para utilizar recursos naturais de forma responsável, causando o menor impacto possível. É a única forma de voltar às nossas raízes sem prejudicar o planeta", diz o arquiteto Jaksson Depoli.

O museu, que fará parte do Câmpus da Indústria do sistema FIEP, quer atrair a comunidade. Para isso, além da parceria com a UFPR, o complexo terá estações temáticas, divididas entre biotecnologia, energias renováveis, construção sustentável e gestão ambiental. "O espaço será aberto a universidades ou empresas, que queiram apresentar pesquisas que possam ser aplicadas a processos industriais, e interativo, com opções para a comunidade e atividades culturais", conta Reinaldo Tockus.

O início das obras está previsto para o primeiro trimestre de 2014 e a conclusão será em 2015.

  • Projeto do escritório Arqbox prevê módulos integrados à floresta, construídos em woodframe e estruturas metálicas, gerando baixo impacto ambiental
  • Ambientação interna terá materiais ecologicamente corretos para abrigar mostras interativas

Quem passa pela Avenida das Torres e vê o imponente prédio da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) pode não perceber, mas o terreno que abriga o Câmpus da Indústria da instituição tem, também, uma grande área verde preservada. É nesse local que será construído, em 2014, o núcleo Floresta de Ciência e Tecnologia, obra que homenageia e resgata a natureza do local. O projeto, resultado de parceria entre o Sesi e o Senai do Paraná com a UFPR, deverá ser o primeiro museu interativo da indústria do país.

O escritório Arqbox, que assina o projeto, criou uma edificação que traz conceitos de sustentabilidade, baixo impacto ambiental e inovação aliados a um desenho arrojado. Entre os recursos utilizados estão o sistema de construção por woodframe – feita com módulos prontos em paineis de madeira industrializados –, captação e utilização da água das chuvas e instalação de painéis fotovoltaicos.

O projeto é integrado ao meio ambiente de forma que a construção se adapta ao terreno e à natureza, e não o contrário. "Não vamos derrubar nenhuma árvore do bosque", conta Jaksson Depoli, arquiteto responsável pelo projeto da Arqbox.

Casulos

Ele conta que a ideia do projeto surgiu a partir de um estudo da vegetação local e avaliação das espécies. "Após essa análise veio o conceito do casulo, que remete à proteção, geração de vida e de novidades. A concepção de todo o projeto foi baseada nisso", explica Jaksson.

A implantação do museu, que terá módulos batizados de estações, vai se adequar ao relevo da área. As construções se adaptam às diferentes cotas de nível do terreno. Instaladas acima do solo, elas permitirão, também, o crescimento e desenvolvimento das espécies vegetais e animais que vivem no local.

A volumetria do projeto resulta da implantação combinada ao arranjo arquitetônico entre as árvores do terreno, de forma a ocupar o vazio entre elas, respeitando o espaço da floresta.

Sinergia

"O museu permitirá uma grande sinergia entre as instituições de ciência e tecnologia já instaladas ao redor do Câmpus da Indústria", observa Reinaldo Tockus, gerente de Relações Internacionais e Negócio Exterior da Fiep. "Procuramos fortalecer as atividades ligadas a estes setores e oferecer um grande showroom tecnológico com apresentação de projetos, lançamentos e muita interatividade", salienta.

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