Preços
Valorização de apartamentos novos alcança 10% em 2013
No segmento de imóveis novos para venda, a valorização anual de preço está em 10,2% para apartamentos residenciais novos em Curitiba. Os dados são da pesquisa mensal da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR), divulgada ontem, referente ao último mês de 2013.
O preço médio do metro quadrado privativo dos lançamentos ficou em cerca de R$ 5,6 mil.
Apartamentos de três dormitórios acumularam o maior reajuste 12,1%, chegando a R$ 5.651,65 pelo metro quadrado privativo. A valorização também foi acima da média para apartamentos de um dormitório, studios e lofts, que registraram alta de 11,2%, com preço do metro quadrado privativo a R$ 6 mil.
Imóveis novos de dois e quatro dormitórios registraram alta de 8,1%, com metro quadrado privativo a R$ 5,2 mil e R$ 7,5 mil, respectivamente.
O bairro Campina do Siqueira apresenta o maior valor médio do metro quadrado privativo para apartamentos de um dormitório, studios e lofts cerca de R$ 8,4 mil.
O metro quadrado privativo mais caro da cidade para apartamentos de dois e três dormitórios está no Batel, com preços de R$ 8,5 mil e R$ 9,4 mil respectivamente.
A oferta de imóveis para locação em Curitiba está batendo recorde. De acordo com o Secovi-PR, o sindicato das imobiliárias, a capital tem 11,1 mil unidades disponíveis para alugar, entre comerciais e residenciais. É um aumento de 56% em dois anos. Em fevereiro de 2012, havia 7,1 mil imóveis em oferta para locação na cidade.
A pesquisa do Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), que fornece informações para o Secovi-PR, mostra que em janeiro deste ano o número de imóveis comerciais para locação em Curitiba teve crescimento de 20% em comparação com o mesmo período de 2013. Há 2.970 unidades comerciais disponíveis para locação. No segmento residencial, o aumento foi de 19% em relação a janeiro do ano passado. Curitiba tem 8,2 mil imóveis para moradia disponíveis para locação. O levantamento aponta, ainda, que cerca de 77% dos imóveis que entraram no mercado de locação residencial são apartamentos.
Onda
O cenário se explica pelo boom que o mercado imobiliário experimentou entre 2009 e 2011, com o alto volume de lançamentos residenciais e comerciais. Como resultado, 2013 registrou outro recorde no setor: 14 mil novos apartamentos foram entregues em Curitiba no ano passado.
Para o presidente do Inpespar, Luiz Fernando Gottschild, a oferta de imóveis para locação na capital está em fase de ajuste. "Nos últimos dois anos o número de unidades disponíveis vem aumentando mês a mês. Isso reflete o movimento de entrada de imóveis como resposta à carência que tivemos no período anterior a 2008", observa.
A rentabilidade do aluguel varia, hoje, entre 0,4% e 0,5% do valor do imóvel, diz Gottschild. O preço médio praticado dos alugueis residenciais teve variação de 0,24% em janeiro deste ano. O acumulado nos últimos 12 meses alcança 3,02%, enquanto o IGPM no mesmo período foi de 5,66%.
Bairros
De acordo com a pesquisa do Inpespar, a região central da cidade corresponde a 15% das ofertas de locação. Água Verde tem 7,4%, Bigorrilho registra 5,5% e o Portão tem 3,9% da oferta. "Apartamentos com um e dois quartos são os que têm mais procura e alugam mais rápido", comenta Gottschild, que também é vice-presidente de economia e estatística do Secovi-PR.
Negociações
A pesquisa do Inpespar indica que o índice de Locação Sobre Oferta (LSO) de imóveis residenciais de janeiro deste ano ficou em 9,98%, com queda de meio ponto porcentual em relação ao mesmo período em 2013. O índice mede a relação entre imóveis alugados e unidades em oferta.
O volume de negociações, por sua vez, cresceu cerca de 13%. Em janeiro de 2014, 821 imóveis foram alugados, enquanto em janeiro do ano passado o número ficou em 723. "Janeiro e fevereiro são, tradicionalmente, os meses de maior procura por locações. É a época de mudança das famílias e, principalmente, dos estudantes. A cada resultado de vestibular, o movimento nas imobiliárias aumenta", diz Luiz Fernando Gottschild.
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