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Depois dos encaixes em PVC é hora de aplicar o concreto, para finalizar a estruturado imóvel | Fotos: Divulgação
Depois dos encaixes em PVC é hora de aplicar o concreto, para finalizar a estruturado imóvel| Foto: Fotos: Divulgação
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Emergência

Casa pré-fabricada em seis horas na Finlândia

Da Redação

Uma casa pré-fabricada que pode ser montada em apenas seis horas. O projeto é de um grupo de estudantes da Aalto University Wood Program, da Finlândia. A ideia foi motivada por um estudo da Universidade das Nações Unidas (UNU), que mostra que 50 milhões de pessoas são obrigadas a deixar seus lares, temporária ou definitivamente, por problemas relacionados ao meio ambiente.

Segundo estimativas do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), há mais pessoas desabrigadas por desastres ambientais do que por guerras.

Desenvolvido para abrigar uma família de cinco pessoas por até cinco anos, tempo de duração estimado para a fase de reconstrução pós-desastre, a casa tem área total de 18 metros quadrados, construída segundo um padrão de 3,5 metros quadrados por habitante. O imóvel tem dois dormitórios, uma cozinha integrada à sala de estar e de trabalho. Há um espaço externo de sete metros quadrados, que pode servir como área de lazer.

Um sistema construtivo que levanta uma casa em até sete dias, com durabilidade de pelo menos 50 anos e conforto termoacústico, com valor de obra até 15% menor, foi anunciado essa semana como uma maneira inovadora e rápida de construir em escala industrial. Chamado de concreto PVC, o sistema permite diferentes tipos de edificação com uso reduzido de madeira e água e mínimo desperdício de materiais. A geração de resíduos é 80% menor e o uso de água e energia, 70% mais baixo. O sistema permite uso menos in­­ten­so de mão de obra especializada. Há 500 casas montadas desse tipo pelo Brasil para experimentação, a maioria em Santa Catarina, no município de Araquari, onde está a fábrica do produto. "A aceitação é muito boa. Lá, especificamente, foi estratégico por causa das enchentes e necessidade de moradias de emergência", afirma o diretor da Global Housing Inter­national, Roberto Gandolfo. Em situações emergenciais, aponta o vice-presidente da Dupont, Paulo Vieira, o método tem sido usado em vários países do mundo.

O valor do metro quadrado varia para cada região. No caso do estado vizinho, custa em média R$ 900. Ou seja: construir uma casa compacta, de 50 metros quadrados, sai por cerca de R$ 45 mil na região, para o consumidor final.

Produção

O sistema requer mão de obra apenas treinada, porque 80% da produção é feita industrialmente. Os blocos pré-montados saem de fábrica numerados para o encaixe – com possibilidade de se criar diversos tipos de arquitetura –, com espaço determinado para passagem de tubulação, que fica embutida. As placas têm 20 centímetros de largura e 8 de espessura. O comprimento é cortado de acordo com o projeto.

"Depois de montada, a estrutura é finalizada com concreto e pode receber qualquer tipo de cobertura (madeira, metal). Se, futuramente, o morador quiser aumentar o imóvel, pode fazer, inclusive pelo sistema tradicional, basta seguir as informações do manual", diz Gandolfo. A casa aceita qualquer tipo de revestimento interno e externo.

Capacidade

A produção atual é de cinco mil kits por ano, mas pode aumentar a quantidade em até dez vezes. A estimativa é produzir de 40 a 50 mil kits ao ano. "Desenvol­vemos o sistema. A ideia é que municípios, arquitetos, construtoras e governos se interessem, principalmente para construção de moradias populares", afirma Rui Cham­­mas, vice-presidente de polímeros da Braskem.

A jornalista viajou a convite da Dupont.

Peças de PVC são encaixadas

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