O corredor entre o Centro e o Batel está entre as áreas mais visadas para investir| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

As incorporadoras sabem exa­­tamente onde semear seus empreendimentos na região central: para elas, não existe apenas um grande cenário, mas pontos de interesse bem definidos. As melhores áreas são as situadas perto de shopping centers e de unidades emblemáticas de ensino superior, como a Reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Entre os empreendimentos nessas áreas estão o HUB – Home Urban Busi­­ness (próximo à Reitoria), o City Centro Cívico (na Praça Dezenove de Dezembro), o 7th Avenue Live & Work (na Sete de Setembro, ao lado da Ponte Preta), o Life Space Sete de Setembro e o Soul Batel Soho.

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A Invespark, por exemplo, prioriza seus investimentos entre o Cen­­tro e o Batel, que concentra shoppings, restaurantes e lojas de alto pa­­drão. Entre os empreendimentos da incorporadora na região estão o Central Park, o Hydepark Residence (Rua 24 de Maio), o Lifespace Curiti­ba (Avenida Visconde de Guarapua­va) e o Le Parc (Rua Emiliano Perneta) – apresentado, no folder de publicidade, como "Um oásis entre o Cen­­tro e o Batel".

Para o presidente da Redeimó­veis, Sidney Axelrud, a proximidade dos shoppings é um diferencial im­­portante. Ele também aposta em configurações urbanas especiais, como a de ruas fechadas, e o caráter pitoresco ou charmoso de certos locais – caso do São Francisco. "Ruas como a Paula Go­­mes são muito interessantes. Eu acredito que empreendimentos nessas áreas vão bombar", preconiza.

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Potencial

Parte da região central, porém, não exerce a mesma atração. É o caso da Rua Ria­­chue­­lo ou, então, da porção industrial do Rebouças, situada mais longe do Centro. "Essa área tem um perfil diferente. Ainda assim, acredito que, no futuro, os empreendimentos também chegarão lá", diz Axelrud. A parte do Rebouças mais próxima do Centro, que, inclui o trecho da Avenida Sete de Setembro, próximo ao Shopping Estação e à UTFPR, é considerada altamente vendável – é lá onde estão sendo construídos o Lifespace Sete de Setembro, o Lifespace Estação e o 7th Avenue Live & Work.

Para o consultor Fábio Tadeu Araújo, da Brain, as áreas menos interessantes da região central tendem a ser conquistadas "pelas beiradas". "Normalmente, por seu perfil, essas regiões não recebem investimentos. É muito mais fácil que o interesse surja aos poucos, por conta de investimentos locais em infraestrutura ou da valorização das áreas, do que a partir de iniciativas ousadas, feitas de dentro para fora."