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Quem investe?
De acordo com os consultores da Trend Investimentos Imobiliários, Rafael Severo e Tales Morigi, há dois perfis de investidores em imóveis comerciais: um é o investidor interessado em formar uma carteira de imóveis focada em aluguéis. São empresários ou profissionais liberais, focados em aumentar sua carteira de ativos que geram uma renda mensal regular. Este investidor adquire tanto salas comerciais, como lojas, armazéns, pavilhões industriais, ou terrenos com vocação de locação com fins comerciais. O outro perfil é o do investidor com um perfil mais especulativo, que tem interesse em adquirir imóveis comerciais em regiões de desenvolvimento, com a intenção de comprar imóveis na planta e revendê-lo ganhando com a valorização do mesmo. A escolha é feita devido ao grande potencial de valorização, e o investidor confia no ganho de valor do imóvel no decorrer da obra.
Entre 1999 e 2005, a construção e investimento em imóveis comerciais ficaram estagnados em Curitiba. Há sete anos, o mercado se voltou para esse nicho, que atrai, principalmente, profissionais liberais. "Esse tipo de imóvel não existia na cidade e com o aquecimento da demanda residencial, cresceu também a oferta dos comerciais. Mas ainda há muito espaço para esse tipo de imóvel", considera Carlos Paulino, vice-presidente de Lançamentos e Comercialização Imobiliária do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR).
O segredo de sucesso para esses imóveis é a localização. Batel, Agua Verde, Portão, São Francisco, Rebouças, Centro Cívico, Seminário e Vila Izabel devem ser os bairros mais assediados para receber esses empreendimentos, de acordo com pesquisa da Associação dos Dirigentes das Empresas do Mercado Imobiliário no Paraná (Ademi-PR).
Os prédios comerciais costumam ficar próximos de locais com grande oferta de serviços. Em localizações mais afastadas, o mercado ainda não garante o sucesso do empreendimento. "A procura por imóveis comerciais vai continuar grande pelo menos nos próximos dois anos, ainda existirá espaço para os comerciais. "Houve algumas tentativas fora da região central, como um empreendimento na Linha Verde. Aos poucos, vemos que o perfil desse segmento pode mudar, mas a concentração ainda será na região central", comenta Luis Fernando Koehler de Camargo, proprietário da imobiliária Habitec.
De acordo com ele, quem compra os imóveis são os investidores, que tem como objetivo alugar as salas ou espaços corporativos no futuro. "As empresas têm maior chance de alugar e preferem pagar primeiro mensalmente para depois adquirir algo próprio", acrescenta.
Renda futura
O investimento feito em uma sala comercial ou andar corporativo não costuma ser a primeira aquisição do investidor. "As pessoas que já tem o residencial, que é um porto seguro, costumam adquirir o comercial, que fornece uma rentabilidade maior", explica Daniel Pazzini, da imobiliária WBonato. Foi por meio da imobiliária que o consultor de sistemas Emanuel Conte Chiappetto, 32 anos, adquiriu sua primeira sala comercial, no City Centro Cívico, empreendimento multiuso da Tecnisa. "Pesquisando o mercado, vimos que havia falta de salas comerciais e o aluguel de um imóvel desse fica em torno de 1% do valor de venda, enquanto a locação de um imóvel residencial paga entre 0,5% e 0,8% do preço total", justifica.
Ele vai investir cerca de R$ 300 mil.Nos planos de Chiappetto está a aquisição de outras salas do mesmo tipo. "Embora os residenciais também sejam bastante lucrativos, o comercial vale mais a pena, por causa da valorização", afirma.
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