Comércio amigo

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Agito no comércio e amizade duradoura é o que marca o dia-a-dia dos moradores do bairro Juvevê, em Curitiba. Num rápido giro pelas principais vias é possível observar que são raras as placas de alugam-se ou vendem-se lojas voltadas para o comércio. A frase de Waldomiro Szenezuk, de 76 anos, que tem uma papelaria e um bazar há mais de 40 anos na Avenida João Gualberto ilustra muito bem a opinião dos moradores. "Quem já tem ponto comercial consolidado não sai daqui por nada."

Quem pode, procura expandir o negócio de olho na prosperidade da região. Um exemplo é o Royal Street Center, um shopping de rua com todas as lojas abertas o passeio, que está em ampliação. Inaugurado há cerca de seis anos, o Royal aumentou recentemente o número de lojas, de 28 para 34. Atualmente só estão disponíveis para locação as lojas menores, com 46 metros quadrados de área, a R$ 1.536.

Infra-estrutura

O diretor da Imobiliária Galvão, Gerson Carlos da Silva, afirma que os imóveis da região são valorizados pois o bairro tem uma ampla e sofisticada oferta de infra-estrutura de comércio e serviços. No Juvevê, o preço do metro quadrado varia entre R$ 600 (de imóveis antigos) e R$ 1,6 mil (novos).

Já as novas construções têm priorizado o alto padrão. O Edifício Constellation, localizado na Rua Campos Salles, por exemplo, já teve 40% das unidades comercializadas pela Imobiliária Village. O tamanho dos apartamentos vai de 311 a 570 metros quadrados e os preços, de R$ 470 mil a R$ 943 mil, respectivamente.

Para Luiz Conceição Gomes, diretor da Village, as pessoas estão descobrindo o Juvevê. "Sempre foi um bairro tradicional, mas agora moradores de outras regiões de Curitiba estão procurando imóvel na região", diz. De outros estados também. O casal de paulistas Zilda e Etiel Fonseca administra a Cantina Portuguesa há quatro anos. Eles confirmam que os moradores do bairro são muito fiéis às amizades cultivadas. "Me sinto em casa e não trocaria esse bairro por nenhum outro", reforça Zilda.