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Para quem mora em prédio, a diferença entre os mercados brasileiro e argentino saltam aos olhos. Tanto no preço do aluguel quanto no condomínio, nossos hermanos saem ganhando. A explicação vem de dois pontos principais. O primeiro é a prática comum de construir edifícios residenciais com unidades comerciais no térreo – o que em Curitiba, por exemplo, dificilmente é visto fora do Centro e das avenidas estruturais.

A argentina Maria Eugênia Ballesteros explica que, nestes prédios, a locação é mais barata. "A minha irmã mora em um apartamento de três quartos localizado em um bom bairro de classe média e paga apenas 400 pesos (cerca de R$ 380)", diz. Os moradores também são beneficiados no rateio das taxas: no caso da irmã de Maria Eugênia, o condomínio é de apenas 80 pesos (em torno R$ 75), valor difícil de ser encontrado nos edifícios residenciais da capital paranaense.

O outro fator que explica o condomínio mais barato é a redução dos custos com pessoal. "Em Montevidéu, praticamente não existem prédios com porteiro 24 horas" afirma o uruguaio Javier Caballero. Neste caso, a discussão não gira em torno de conforto, mas sim de segurança. "Ninguém vê a necessidade", conclui Caballero.

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