Com instalação limpa e rápida, o papel de parede é uma das soluções mais práticas para caprichar na decoração ou dar uma cara nova a um cômodo da casa. Para quem quer investir no revestimento, a primeira dica é medir bem a altura e a largura da parede, pois é a partir delas que será definida a quantidade de rolos necessários para cobrir a área.
Ivanilson Lopes Neves, proprietário da Lar & Cia Decoração e Interiores, explica que até 2,45m x 1,6m é possível utilizar somente um rolo [de 53 cm x 10 m], independente da estampa. “Acima disso, e até 2,12 m de largura, só é possível cobrir a parede com um rolo se o papel não tiver encaixe de desenho”, ilustra.
A medida da parede interfere, também, na escolha da estampa. Desenhos grandes em paredes pequenas passam a sensação de redução do espaço, como explica Gustavo Celante, proprietário da Adornié Ambientes. No caso inverso, a estampa não irá aparecer, perdendo seu efeito.
Outra dica da arquiteta e designer Katalin Stammer é deixar o papel na vertical, e não apoiado sobre uma mesa, no momento da escolha do modelo. Desta forma, a luz incidente dará uma noção mais real de como o papel ficará aplicado na parede. “Se a loja permitir, o consumidor pode emprestar o álbum e fazer o teste na sua casa, para avaliar o papel com a luz do seu ambiente”, sugere. Também é importante prestar atenção ao número do lote e da sequência de produção dos rolos, o que determina que eles têm a mesma tonalidade.
Tipos de papéis
Entre os tipos mais comuns de papel de parede estão os tradicionais, os vinílicos (ideais para cozinhas e lavabos) e os de TNT (tecido não-tecido). Estes dois últimos costumam ser laváveis, permitindo a limpeza com esponja macia e pano úmido, respectivamente. O TNT possibilita, ainda, que o papel seja removido e reaplicado por até duas vezes em outra parede, como acrescenta Neves.
“As características relacionadas à lavabilidade, remoção e à resistência ao sol dependem da qualidade dos diferentes tipos de papéis e vêm descritas em desenhos técnicos localizados na parte de trás da folha”, explica Celante.
Outras opções envolvem papéis com mica (espécie de pó mineral), texturizados, tridimensionais (produzidos com neoprene, mesmo tecido utilizado em roupas de surfe), com veludo ou tramas de tecido e os que contêm micropartículas de cristal, como os da grife Tiffany & Co.
Instalação do material exige conhecimento técnico
Para obter um resultado adequado e prevenir gastos extras decorrentes de uma aplicação mal executada, a orientação é a de que a instalação do papel de parede seja feita por mão de obra especializada.
Gustavo Celante, proprietário da Adornié Ambientes, explica que o instalador conhece qual é a cola ideal – e sua proporção – para cada tipo de papel. Além disso, ele tem experiência para não deixar emendas tortas, aparentes ou bolhas. “O papel vinílico, por exemplo, precisa ser instalado com as emendas ‘encavaladas’, pois, quando seca, ele retrai cerca de 2 mm”, explica.
O profissional também sabe avaliar se a parede está em condições de receber o acabamento, ou seja, sem infiltração, irregularidades e com, pelo menos, uma demão de tinta. “Qualquer irregularidade na parede irá aparecer no papel. Ele não tem a função de esconder o defeito da parede, mas sim de embelezá-la”, lembra Ivanilson Lopes Neves, proprietário da Lar & Cia Decoração e Interiores.
O custo para a instalação gira entre R$ 70 e R$ 90 por rolo, podendo chegar aos R$ 120 para paredes com muitos recortes, como escadas e lavabos. O preço do rolo, por sua vez, parte dos R$ 130 e pode chegar aos R$ 3,9 mil, nos modelos de grife – alguns papéis são comercializados por metro linear.
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