Setembro teve 11,8 mil unidades novas em estoque| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Depois de chegar a 12,2 mil unidades no fim do primeiro semestre de 2014, o estoque das construtoras ficou abaixo desse pico entre julho e setembro, mês em que havia 11,8 mil apartamentos residenciais novos disponíveis para venda em Curitiba. Os dados são da pesquisa mensal realizada pela Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR).

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INFOGRÁFICO: Veja o número de imóveis em estoque

"A redução do estoque ocorre por dois motivos: as vendas têm mantido o nível histórico dos últimos quatro anos, enquanto o número de lançamentos diminuiu devido à perspectiva dos empresários em relação ao momento econômico do país. Então, é natural que haja esse ajuste", avalia Fábio Tadeu Araújo, diretor de Pesquisa de Mercado da Ademi-PR.

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O maior volume de unidades está nos imóveis entre R$ 250 mil e R$ 400 mil, seguidos pelos apartamentos de um quarto. Somadas, as duas tipologias concentram mais da metade de todo o estoque, com um total de 6,1 mil unidades. "Na faixa dos R$ 400 mil, o estoque responde à demanda das famílias de classe média, que buscam esses imóveis", explica Leonardo Pissetti, diretor de incorporações da Swell Construções e Incorporações.

O gestor executivo comercial da regional Sul da MRV, Igor Tronquin, acrescenta que o estoque reduzido de apartamentos do padrão supereconômico – 178 unidades com preços até R$ 170 mil – é resultado da demanda dos clientes por este tipo de imóvel. "Esse cliente compra porque está casando, para sair do aluguel. É diferente de quem compra um imóvel mais caro para fazer um upgrade, um investimento", diz.

Valorização

Ao contrário do estoque, a valorização dos apartamentos novos na capital continua crescendo. De dezembro de 2013 a setembro de 2014, o preço médio do metro quadrado subiu 7,6% , acima da inflação do período, que foi de 4,6% segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

"O mercado de imóveis é de ajuste de oferta e demanda de longo prazo. Os custos de quem está lançando hoje são de um momento de economia mais pujante, então, a tendência é de que essa inflação seja repassada. Esta valorização levemente acima da inflação tende a continuar até o final do próximo ano", prevê Araújo.

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As tipologias que mais sofreram aumentos foram os imóveis de um e quatro dormitórios, reajustados em 12,7% e 12%, respectivamente, com valores de R$ 6,8 mil e R$ 8,4 mil para o metro quadrado privativo em setembro.

A passagem de agosto para setembro registrou a quarta menor valorização mensal do ano, 0,7%. No mês, o preço do metro quadrado subiu de R$ 6 mil para R$ 6,1 mil, sendo que todas as tipologias tiveram reajustes abaixo de 1%. nesse período.