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Crédito para financiamento imobiliário deve crescer 5% neste ano contra 32% em 2013 | Daniel Castellano / Gazeta do Povo
Crédito para financiamento imobiliário deve crescer 5% neste ano contra 32% em 2013| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo

Para 2015, previsão é de crescimento moderado dos financiamentos

A maior oferta de crédito imobiliário impulsionou a venda de imóveis nos últimos anos. "Isso se deu por conta da estabilidade da economia, do aumento de renda da população, da queda de juros para esse tipo de operação e do aumento dos prazos para financiamentos", elenca Basílio Jafet, presidente da Federação Internacional das Profissões Imobiliárias (FIABCI).

Os especialistas acreditam que, apesar do menor ritmo de contratação de financiamentos imobiliários ao longo de 2014, ainda há espaço para o crescimento desse mercado. "A demanda por novos imóveis existe para os três próximos anos, depois deve de normalizar. Após esse período, contudo, as pessoas tendem a buscar imóveis melhores e maiores, o que movimenta o mercado novamente", explica. Por conta disso, a expectativa para o próximo ano é que, mesmo com a economia ainda estagnada e sofrendo ajustes por parte da nova equipe econômica, o crédito continue a subir. "A aposta para 2015 é de crescimento, porém, em ritmo mais comedido. Ainda temos um mercado sólido e atuante", explica Gilberto Duarte de Abreu, do Santander.

O desempenho ruim da economia brasileira afetou o ritmo de crescimento do crédito imobiliário, que deve encerrar 2014 com alta de 5%, resultado bem abaixo dos 15% projetados no início do ano e ainda mais distante do avanço de 32% registrado em 2013, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

INFOGRÁFICO: Veja a porcentagem de crescimento do crédito imobiliário em 2014

Para os especialistas, o cenário econômico atual impacta diretamente no crescimento do crédito. "Os preços subiram e as construtoras lançaram menos que nos anos anteriores", explica Claudio Borges, diretor da área de crédito imobiliário do Bradesco. Além disso, também houve queda na venda de imóveis e maior rigidez na concessão do crédito por parte dos bancos ao longo deste ano, segundo Jean Michel Galiano, vice-presidente de lançamento e marketing do Secovi/PR. "O mercado imobiliário não está em crise, é o Brasil que está em um momento de maior insegurança", reforça.

Ainda assim, eles afirmam que o cenário não é preocupante, porque os financiamentos continuam subindo, mesmo que em ritmo menor. "Estávamos crescendo a partir de uma base cada vez maior, na casa dos dois dígitos e com um crédito de R$ 100 bilhões ao ano. Então, fica mais difícil crescer nesse mesmo ritmo", afirma Basílio Jafet, presidente da Federação Internacional das Profissões Imobiliárias (FIABCI).

O diretor de crédito imobiliário do Santander, Gilberto Duarte de Abreu, afirma que a diminuição do ritmo já era esperada. Além do alto crescimento do crédito imobiliário – que saltou de R$ 3 bilhões para R$ 109 bilhões em apenas dez anos– essa modalidade também aumentou a porcentagem de participação em relação ao PIB, de 1,5% e para cerca de 9% nesse período.

Vantagens

Para continuar com o mercado aquecido, os bancos têm procurado reforçar as vantagens do crédito imobiliário. Entre elas, estão a baixa taxa de juros – que está em 8,7%, ainda longe do patamar máximo de 12% que pode ser cobrado em financiamentos com recursos da poupança – e a baixa taxa de inadimplência que foi de apenas 1,8% em 2013. "Nós oferecemos prestações atrativas, liberação de recursos ao cliente em até 15 dias e financiamentos de até 80% do imóvel", ressalta Borges, do Bradesco. As condições fizeram com que o crédito imobiliário do banco crescesse 42% nos últimos 12 meses.

O Santander oferece financiamentos há dez anos com ampliação das operações em até 35 anos e aposta na qualidade do atendimento ao cliente para alavancar o crédito imobiliário. "Temos uma equipe de especialistas para apoiar o cliente, tirar dúvidas e acompanhar todo esse processo burocrático do processo de financiamento", diz Abreu.

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