Enquanto os imóveis de entrada têm sofrido os impactos do momento econômico, as unidades com características de upgrade veem crescer o número de interessados em sua aquisição.
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Estimuladas pelo fato de já terem um imóvel próprio, que funciona como uma poupança, e de, em geral, contarem com uma situação financeira mais estável, muitas famílias têm dado este passo na busca por áreas maiores, conforto e qualidade de vida.
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70%
das vendas das unidades do The Square e do Reserva Ecoville, da PDG, são para clientes que estão fazendo upgrade do imóvel. Na Terrasse, elas representam 40% do total de negociações.
Sentido no dia a dia das empresas, este movimento é evidenciado pelos dados do Perfil Imobiliário 2015, segundo o qual 31% dos entrevistados buscavam um imóvel para upgrade na ocasião do estudo, 6% a mais do que o registrado em 2014, quando 25% tinham esta intenção de compra.
O número de pessoas que procuravam pela primeira moradia, por sua vez, teve retração de 6% em relação ao ano anterior e ficou na casa dos 47%, em 2015. A pesquisa foi realizada pela Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR).
Mais espaço e lazer
A família da empresária Ana Paula Ramlow é uma das que pretende investir no upgrade do imóvel. Morando há quatro anos no primeiro apartamento próprio (de três quartos e pouco mais de 100 m² de área privativa), ela e o marido planejam adquirir uma unidade maior (de cerca de 150 m²) para acomodar e acompanhar o crescimento da família – o casal tem um filho de 11 anos e espera uma menina.
“Pensamos em mudar para um apartamento de quatro quartos ou com uma sala grande, já que passei a trabalhar com home office. Também pensamos em mudar para um andar mais alto [o apartamento atual fica no primeiro pavimento] e, talvez, para um empreendimento com mais opções de área comum”, acrescenta.
Os motivos que levam a família de Ana Paula a buscar o novo imóvel resumem os principais fatores que estimulam o upgrade, como pontua Felipe Sebben, gerente regional da PDG. “Além das plantas amplas e da maior oferta de espaços comuns, os clientes buscam por imóveis mais novos, modernos e localizados em boas regiões”, acrescenta.
Para isto, eles estão dispostos a investir entre R$ 200 e R$ 400 mil a mais, em média, sobre o valor do bem que já possuem.
Downgrade
Mais tímido do que o seu oposto, o movimento de downgrade, ou seja, a mudança para um imóvel com menos área ou de menor valor, também costuma permear as negociações imobiliárias.
Entre os principais motivos para esta mudança está a saída dos filhos de casa, que levam os casais a buscarem apartamentos menores e de mais fácil manutenção, como conta Jefferson Gomes da Cunha, diretor da Terrasse Engenharia e Construções.
Pessoas que tiveram mudanças muito significativas sobre sua renda, como em casos de falência ou de dívidas muito grandes, e que não conseguem manter o padrão de vida anterior também costumam fazer este movimento, como acrescenta Fábio Tadeu Araújo, diretor de pesquisa de mercado da Ademi-PR.
Ponto de partida
O fato de estes clientes já terem um imóvel próprio, aliás, é um dos aspectos que favorecem este mercado, como lembra Jefferson Gomes da Cunha, diretor da Terrasse Engenharia e Construções. Isso porque a venda, ou até mesmo a permuta do bem, permite ao comprador dar uma entrada maior e depender menos do financiamento imobiliário para realizar o negócio.
Fábio Tadeu Araújo, diretor de pesquisa de mercado da Ademi-PR, acrescenta que a possibilidade de encontrar bons produtos com boas condições de compra é outro aspecto que atrai os clientes para o upgrade.
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