Quem circula pelo Prado Velho percebe que o cenário da região vem mudando nos últimos anos. Tradicionalmente ocupado por moradias horizontais, o bairro tem visto crescer a oferta de empreendimentos verticais, em especial dos compactos, resultado da aposta de construtoras e incorporadoras na localidade.
Só no ano passado, 96 unidades residenciais foram lançadas no bairro até o mês de novembro. Em 2012, em comparação, não houve nenhum lançamento na região. O número de alvarás para a construção de prédios de quatro ou mais pavimentos também cresceu em 2015 e chegou às 243 liberações, 57,8% a mais do que o registrado em 2012. Os dados são da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR) e do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR).
Universidade
A PUC foi a grande âncora deste movimento. A oferta de compactos estava crescendo no Centro, algumas empresas viram que o Prado Velho não era bem explorado.
A presença da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) é apontada pelos especialistas como um dos principais atrativos para o investimento das construtoras no bairro.
“A PUC foi a grande âncora deste movimento. Como a oferta de imóveis compactos estava crescendo na região central, algumas empresas, em geral as pequenas, viram que o Prado Velho não estava sendo explorado e que esta era uma forma de fugir da concorrência direta”, explica Fábio Tadeu Araújo, diretor de Pesquisa de Mercado da Ademi-PR.
Tal proximidade, consequentemente, definiu o perfil compacto dos empreendimentos – com plantas studio ou de um quarto, em sua maioria –, projetados para atrair investidores que desejam obter renda com a locação dos apartamentos para os estudantes. “A PUC tem cerca de 9 mil alunos, o que gera uma demanda grande por moradia”, justifica Daniel Decolin Junior, diretor comercial da Invest Building.
Outro ponto que favorece as construções são as mudanças no zoneamento da região, que passou a permitir a utilização de potencial construtivo para a maior verticalização das obras, como lembra Rodrigo Linhares Porto, engenheiro da Porto Camargo Engenharia. Em alguns terrenos, isso se deve à chamada Zona de Transição da Linha Verde, que permite o uso dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) em áreas que margeiam a via. “O preço dos terrenos também melhorou, viabilizando novos empreendimentos”, acrescenta Silderley Luz, gerente geral da JBA Imóveis.
Demanda
Os construtores que recém-lançaram na região se dizem satisfeitos com os resultados que os empreendimentos vêm apresentando. O Edifício Loft One Rebouças, por exemplo, tem mais de 50% das unidades negociadas. No Studio Rebouças, cerca de 40% dos apartamentos estão vendidos.
Sobre os lançamentos futuros, os especialistas vislumbram empreendimentos direcionados ao atendimento das famílias, uma vez que os compactos estariam perto de ter sua demanda atendida. “Esta é uma região próxima ao Centro e que tem boa estrutura de comércio e transporte, além de preço mais baixo, sendo uma opção para as famílias que não podem comprar no Rebouças ou no Água Verde”, ilustra Araújo.
Lançamentos
Veja alguns projetos em andamento no Prado Velho:
Edifício Loft One Rebouças
Endereço: Rua Iapó, 654
Unidades: 23 apartamentos de 30 m²
Áreas comuns: bicicletário, salão de festas, espaço gourmet, churrasqueira e lavabo
Construção: Invest Building
Preço: a partir de R$ 124 mil
Studio Rebouças
Endereço: Rua Doutor Reynaldo Machado, 1.340
Unidades: 96 unidades entre 17 m² e 25 m²
Áreas comuns: lavanderia, bicicletário, espaço fitness, sala de estudos e espaço gourmet
Vendas: JBA Imóveis
Preço: a partir de R$ 114.017,36
Edifício Sílvio Skraba
Endereço: Rua Jóquei Clube, 206
Unidades: 91 unidades entre 32,5 m² e 36,5 m²
Áreas comuns: lavanderia, academia, salão de festas e terraço.
Construção: Porto Camargo
Preço: a partir de R$ 180 mil (estimado)
Número de obras paradas cresce 38% no governo Lula e 8 mil não têm previsão de conclusão
Fundador de página de checagem tem cargo no governo Lula e financiamento de Soros
Ministros revelam ignorância tecnológica em sessões do STF
Candidato de Zema em 2026, vice-governador de MG aceita enfrentar temas impopulares
Deixe sua opinião