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“Serão 10 mil novas unidades lançadas em 2010, aumentando em 41% o número em relação a 2009 (7.099 unidades).” - Hamilton Franck, presidente do Sinduscon-PR | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
“Serão 10 mil novas unidades lançadas em 2010, aumentando em 41% o número em relação a 2009 (7.099 unidades).” - Hamilton Franck, presidente do Sinduscon-PR| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Crescimento acima do PIB, au­­mento no número de lançamentos e bom ritmo das vendas são as principais conclusões do balanço de 2010 do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Paraná (Sin­­duscon-PR), apresentado ontem pelo presidente da entidade Ha­­mil­­ton Pinheiro Franck.

A estimativa do setor é que o PIB (Produto Interno Bruto) da construção civil encerre 2010 com crescimento de 12%. A economia brasileira deve crescer cerca de 7,5%. "Trata-se de um setor que emprega (entre formais e informais) mais de 10 milhões de pessoas no país e deve seguir bastante representativo nos próximos anos", diz Franck.

Grande parte do desenvolvimento está associado à concessão de crédito, que bate recordes mês a mês. Em 2010, o Sinduscon-PR, com base em indicadores da Asso­ciação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), mostra que os financiamentos imobiliários no país alcançarão R$ 76 bilhões, aumento de 52% em relação a 2009.

Vendas em alta

Até o fim do ano, serão liberadas para construção em Curitiba cerca de 4 milhões de metros quadrados, o que representa cerca de 35 mil novas unidades, aumento de 26%, frente às 27.840 unidades de 2009. "Esses números incluem todos os tipos de imóveis, inclusive as construções particulares", pondera o pre­­sidente do Sinduscon-PR. Para ele, o principal número a ser observado, para analisar o mercado de incorporação, é o ritmo de lançamentos verticais. "Serão 10 mil novas unidades lançadas em 2010, aumentando em 41% o número em relação a 2009 (7.099 unidades)", aponta Franck.

Boa parte dos produtos lançados é vendida rapidamente. O Índice de Venda de Imóveis Novos Sobre Oferta (VNSO) mostra que 11% dos imóveis lançados são vendidos em até um mês. A média his­­tórica do indicador era de 8%. "Assim como o ritmo de lançamentos, a velocidade de venda deve con­­tinuar alta pelos próximos três ou quatro anos", prevê o presidente eleito, que assumirá a entidade no triênio 2011-2013, Normando Baú.

Na análise da entidade, para manter as vendas, os preços precisam estar condicionados à renda dos consumidores. Assim, não se deve observar um incremento subs­­tancial como o verificado nos últimos dois anos. "Tenho repetido que a reposição de preços em Curitiba já ocorreu e hoje trabalhamos com valores próximos aos de outras capitais de mesmo porte, co­­mo Porto Alegre e Belo Horizon­te", diz Franck. A média de pre­­­­ço da área total para unidades residenciais verticais novas na capital fechará 2010 em R$ 2.740, ano passado o preço era de R$ 2.249. "Há lançamentos que destoam e chegam a cerca de R$ 5 mil o metro quadrado, mas é importante saber que são casos específicos, condicionados ao padrão e região que o imóvel será construído", afirma.

Alerta

O presidente do Sinduscon faz um alerta para os investidores que compram na planta com o intuito de vender o imóvel pronto por um preço superior. "É um grande risco, porque o cliente paga até 40% do valor do imóvel durante a obra e, com ele pronto, pretenderá vender para um comprador que dificilmente estará disposto a pagar à vista o valor já investido", explica. O alerta também vale para as construtoras, porque a prática pode gerar uma desordem no mercado, com imóveis retornando para o estoque. "Como entidade fazemos essa consideração e percebo que há uma preocupação das empresas, que estão procurando mecanismos para vetar esse tipo de venda."

Gargalos

Uma possível falta de materiais de construção preocupa o setor. Mesmo afirmando que a capacidade produtiva das indústrias está aumentando, Franck reconhece que começa a faltar louças sanitárias de modelos simples, além de cimento e argamassa. "Não significa dizer que teremos atrasos por falta de material. O que fica mais evidente é a necessidade de programar as compras, porque há produtos que podem demorar até seis meses para serem entregues."

Outro gargalo, já conhecido do setor, é a falta de mão de obra especializada. Para esse problema, Nor­­mando Baú acredita que o mercado conseguiu encontrar alternativas. "Treinamentos dentro do can­­teiro de obras e investimento em mecanização têm se mostrado as principais saídas."

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