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Proposta lúdica da arquiteta Carla Kiss, com lousa de fórmica, para a sala de brinquedos de duas irmãs gêmeas | Antônio More/Gazeta do Povo
Proposta lúdica da arquiteta Carla Kiss, com lousa de fórmica, para a sala de brinquedos de duas irmãs gêmeas| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo
  • Na casa da designer Maria Cláudia a pequena lousa, colocada no corredor, é uma forma de interação entre os moradores
  • Na cozinha, Maria Cláudia utiliza a lousa para anotar receitas, o cardápio do dia ou para deixar recados
  • O Adesivo Lousa, da Stixx Adesivos, pode ser personalizado com o desenho e tamanho que o cliente desejar
  • O padrão Lousa, da Coleção Organix, da Todeschini, em portas e réguas na cor verde

Criativa, versátil e descolada, a antiga lousa escolar ga­­nhou novos modelos e formas de aplicação e passou a compor também os ambientes residenciais, principalmente a cozinha, quarto das crianças e salas de brinquedo. Podem ser pinturas feitas diretamente na parede ou no mobiliário, painéis em fórmica, pequenas peças com molduras penduradas na parede e até adesivos que apresentam as mesmas propriedades do quadro escolar. O objetivo é decorar e oferecer um elemento prático e interativo para se escrever e desenhar com giz, que possa ser utilizado por todos na residência. Para apagar os traços, basta o uso de um pano úmido, o que evita que o pó do giz se espalhe pelo ar ou fique acumulado no chão.

A arquiteta e professora do Centro de Educação Profissional de Design, Artes e Profissões (Cepdap) Eliane Canhoto considera a lousa um recurso divertido e dinâmico, tanto para as crianças rabiscarem, quanto para adultos fazer anotações e deixar recados para os familiares. "O uso da lousa na decoração é interessante porque pode ser utilizada facilmente em grandes áreas e, principalmente, em locais pequenos, em espaços que se perderiam por não comportarem outros objetos", sugere Eliane.

Quanto à forma de utilização, a arquiteta recomenda seguir sempre o conceito do projeto. O tom preto e o verde escuro tradicional da lousa remetem a estilos mais rústicos e nostálgicos; para as crianças o uso de tons coloridos, aplicados em forma de adesivos ou tinta do tipo esmalte fosco, ajuda a dar vivacidade ao ambiente. "A desvantagem é que a tinta se desgasta e com o tempo será preciso aplicar novas camadas. Para quem busca durabilidade o ideal é a fórmica, que é mais resistente."

Para os amantes da culinária, como a designer de interiores Maria Cláudia Nassar Stephanes, ter uma lousa na cozinha é item quase obrigatório. Inspirada nos restaurantes que utilizam a lousa para deixar o cardápio e outras anotações à mostra, a designer desenhou uma moldura repleta de detalhes e passou a utilizá-la como se fosse um quadro decorativo para preencher um espaço antes vazio na parede da cozinha de casa. "Tenho há dois anos e gosto muito porque dá um toque clássico e tradicional, que remete ao aconchego. Além de decorativa e funcional, é uma ótima ideia para quem gosta de pendurar acessórios na parede. Utilizo para deixar recados, colocar receitas ou anotar o cardápio do dia. Para quem costuma receber visitas e reunir os convidados na cozinha, a lousa ajuda a deixar o momento mais descontraído já que todos podem interagir", conta Claudia, que tem outra lousa no corredor da residência. "Essa do corredor é um pouco menor. Gosto de escrever frases e mensagens positivas nela. Como é uma área de circulação, todos que passam por ali conseguem ver. O mais importante é que está instalada em uma altura que as crianças também alcançam. Elas es­­crevem, deixam recados, assim todos da família participam. É bem divertido."

O dj Denis Ricca foi um pouco mais ousado e utilizou na cozinha de seu apartamento o esmalte sintético fosco na cor preta em toda uma parede, que mede 4 metros por 1 metro de altura, com acabamento de madeira de demolição nas laterais. "Quis dar uma ideia de lousa de colégio mesmo. Não gosto do quadro branco e ele não combinaria com a decoração despojada do projeto que criei para a cozinha. A cor escura da lousa contrapõe com o amarelo cítrico das outras paredes e fica em harmonia com o lustre e armários pretos, com detalhes em aço fosco", descreve Ricca, que também é estudante de Ar­­quitetura.

Universo infantil

A praticidade de uso, a fácil manutenção e durabilidade do produto fizeram a arquiteta Carla Kiss optar por uma lousa em fórmica verde para compor a sala de brinquedos de duas irmãs gêmeas. O projeto aliou a ideia lúdica da peça com a proposta pedagógica de contribuir para o desenvolvimento psicomotor em crianças na faixa dos quatro anos de idade, como é o caso das meninas. "A lousa ajuda a desenvolver os movimentos iniciais de escrita das crianças, além de estimular o aspecto lúdico com os desenhos e brincadeiras."

Para quem busca uma alternativa ao uso da fórmica e da pintura direta na parede, a sugestão são os adesivos. A Stixx Adesivos Decorativos trabalha com o Adesivo Lousa, uma película fosca de vinil preto que atua como uma superfície semelhante a da lousa escolar, com tamanhos e formatos variados. Já a empresa I-Stick comercializa a linha de ade­­sivos Risque, com nove mo­­delos para giz, e que podem ser colados na cozinha, no quarto, no escritório e em eletrodomésticos, como a geladeira. Entre os formatos mais vendidos estão o de lâmpada, goleiro, e os específicos pa­­ra o público infantil, que são os barquinhos, ár­­vores coloridas e dinossauros. As cores são o pre­­to tradicional, cor-de-rosa, azul bebê, menta, verde pinheiro, amarelo, azul turquesa e ro­­xo. "A linha colorida é praticamente dedicada às crianças. O preto acaba sendo muito sério para o quarto infantil e é por isso que os adesivos coloridos fazem tanto sucesso. Dá para a criança brincar, praticar tabuada, agendar datas de provas, treinos de balé, jogos de futebol e várias outras coisas. Ou­­tra vantagem é que os formatos com figuras fazem com que os adesivos consigam se en­­caixar na decoração do espaço. O tema marítimo, por exemplo, costuma ser utilizado com frequência em quartos de bebês", explica Joana Rosa, da I-Stick.

Os cuidados com a manutenção e conservação do adesivo são as mesmas de um adesivo convencional e a limpeza é feita com pano úmido. Joana comenta que por ser mais grosso e ter a superfície sem muitos recortes internos, a aplicação da linha para escrita com giz é mais fácil que a de outros adesivos e pode ser feita pelo próprio cliente. "Ele é colado sem a famosa máscara de aplicação e transferência, o que torna o processo mais simples do que os adesivos comuns. Basta retirar o adesivo do papel manteiga e colar na superfície lisa desejada. O processo dura menos de cinco minutos e a durabilidade chega a cinco anos, mas pode variar de acordo com o tipo de superfície. É sempre bom não colar em lugares com muita umidade e de preferência longe do sol", indica Joana.

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