Todo ano é igual. Logo que saem os resultados do vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o mercado imobiliário de Curitiba se agita. Os telefones das empresas especializadas não param de tocar são pais de vestibulandos do interior buscando apartamentos para os filhos. Na semana passada não foi diferente: enquanto os jovens comemoravam com banho de lama a aprovação no concurso, a família recorria ao telefone e à internet para encontrar moradia. A diferença é que este ano a demanda já estava aquecida, e quem adiar a locação terá menos opções de aluguel.
A demanda dos estudantes e também de algumas empresas, que costumam fazer transferências de seus executivos no início do ano faz com que o primeiro trimestre do ano concentre a maior parte dos contratos de aluguel na cidade. Isso ocorre porque um em cada cinco aprovados na UFPR é de fora da cidade. Em maior ou menor proporção, também há uma boa quantidade de alunos de outras cidades nas demais instituições de ensino.
As famílias costumam vir a Curitiba nos fins de semana. "Normalmente eles entram em contato antes ou então já chegam aqui depois de ter selecionado alguns imóveis pela internet", diz Salette Bueno, supervisora de locação da Administradora Gonzaga. No sábado e no domingo o estudante e seus pais visitam os locais. "Encontrado o apartamento certo, o contrato é fechado rapidamente, porque eles quase sempre chegam com a documentação pronta", diz Salette.
Na maior parte das vezes os recém chegados procuram apartamentos de um quarto ou kiitinetes no Centro, com transporte fácil e mobiliados. "São apartamentos na faixa de R$ 800 a R$ 1,2 mil por mês", observa Salette Bueno.
É a mesma faixa em que há carência de imóveis para locação, o que pode trazer um desconforto para o candidato a locatário. "Acho que vai dar para atender todo mundo", arrisca Luís Narderlli, vice-presidente de locação do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi). "Quem procurar vai achar. Talvez não do jeito que queria, nem na localização desejada, mas vai achar." Para Nardelli, quem quiser imóvel próximo à faculdade ou ao cursinho precisa correr. "Vai ser difícil de achar", adianta.
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