Exposição sobre cidades brasileiras que devem receber jogos da Copa de 2014 reúne fotos e maquetes| Foto: Juan Guerra/Divulgação
A exposição da Bienal de Arquitetura está distribuída em quatro andares
Para quem gosta de arte urbana, a Bienal conta com quatro painéis produzidos por grafiteiros
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Na contagem regressiva pela realização da Copa do Mundo de 2014, que será no Brasil, a 8ª Bienal Inter­­­nacional de Arquitetura (BIA) traz para o pavilhão do Parque Ibira­­­puera, em São Paulo, uma programação diversificada sobre o tema "Ecos Urbanos", tendo como pano de fundo a influência dos grandes eventos esportivos nas cidades que os recebem.

Com atrações que vão desde uma série de painéis com grafite a work­­­shops e fórum de debates, a expectativa é que pelo menos 200 mil pessoas visitem a Bienal até o próximo dia 6, último dia da exposição. "Nessa edição, nosso objetivo foi não restringir o evento a arquitetos, mas atrair o interesse do público em geral, chamando a atenção para a importância da arquitetura nos grandes projetos coletivos e como uma cidade que recebe um mega evento pode se preparar", explica a arquiteta Rosana Ferrari, presidente-executiva da 8ª BIA e presidente do Instituto dos Arqui­­­tetos do Brasil – Departamento de São Paulo (IAB/SP), entidade promotora do evento.

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Este ano, o tema central da Bienal é dividido em quatro partes: espacialidade, conectividade, originalidade e sustentabilidade. "Reunindo esses assuntos chegamos à sigla ‘Ecos Urbanos’, uma maneira de mostrar que o trabalho de todo ar­­quiteto tem de passar por esses quatro princípios para ser efetivo", diz. Para ressaltar a importância desses conceitos, a estrutura do evento também foi dividida em quatro partes e cada andar do pavilhão é dedicado a um desses assuntos.

A partir dessa reflexão sobre as ações desenvolvidas pelos arquitetos, principalmente no contexto das interferências causadas pelos grandes eventos esportivos, a Bienal pretende discutir a importância da Copa do Mundo de 2014. "Precisamos debater sobre a qualificação urbana causada por esses eventos e o legado que eles deixam nas cidades-sede", comenta. Segundo Rosana, a proposta é mostrar como essas competições podem ser importantes para melhorar a estrutura das cidades. "A realização de um mundial é muito positiva para um país se tudo for planejado adequadamente, tendo a preocupação de avaliar todas as interferências para que se possa minimizar os impactos negativos das obras", afirma.

Atrações

Rosana explica que este ano o destaque da programação é a diversidade. Localizado no último andar do pavilhão, um ambiente que vem chamando a atenção dos visitantes é a exposição das cidades brasileiras escolhidas para receber jogos do Mundial de 2014. "Esse espaço traz painéis fotográficos e fichas com textos sobre essas cidades, comentando sobre projetos novos que devem ser produzidos especialmente para o evento e reformas que podem ser realizadas para que elas possam se adequar aos jogos", explica. O espaço conta com uma maquete de como deve ficar o visual do estádio do Morumbi, em São Paulo, após passar por algumas modificações.

A programação ainda oferece uma série de 12 workshops sobre as cidades-sede da Copa. "Haverá discussão sobre cada cidade, comentando a estrutura que já tem para receber os jogos e de que forma precisa se reestruturar para atender às demandas do evento, pegando como exemplo outros países que passaram por essa situação, como a Espanha, que produziu as Olimpíadas de 1992 em Barce­­­lona", diz. Os workshops se estendem até o fim de novembro e ocorrem em ciclos de uma semana, quando são comentadas quatro cidades. A discussão sobre Curitiba está marcada para entre os dias 24 e 27 deste mês, em conjunto com Belo Horizonte, Fortaleza e Natal.

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Entre outras atrações, para quem gosta de arte urbana, há quatro painéis em pontos diferentes da Bienal produzidos por grafiteiros de São Paulo. "São peças grandes, com 10 me­­­­­­­­tros de largura, e com temas di­­­­versos, mostrando a importância e a beleza desse tipo de trabalho", conta.

Se a intenção é conhecer um pouco mais sobre arquitetura e a proposta dos Ecos Urbanos, o visitante também pode conferir o Fórum Permanente de Debates, evento que se estende até o fim da feira com a participação de profissionais brasileiros e estrangeiros, trazendo discussões dentro dos te­­mas tratados pela Bienal.

Com tantas opções, Rosana diz estar orgulhosa da programação oferecida este ano. "Estou muito contente com o resultado porque tivemos pouco tempo, mas conseguimos realizar um evento interessante, com muitas atrações e mostras realmente atraentes não só para arquitetos, mas para o público em geral", diz.

Serviço:

A 8ª Bienal Internacional de Arquitetura (BIA) será realizada até o dia 6 de dezembro, no Pavilhão Ciccillo Matarazzo do Parque do Ibirapuera, em São Paulo. De terça a quinta, das 12h às 22h e sextas, sábados, domingos e feriados, das 10h às 22h. Os ingressos custam R$12. Mais informações pelo site www.8bia.com.br.

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