Depois de garantir o seu lugar no desenvolvimento dos novos projetos imobiliários, a sustentabilidade vem ganhando espaço também no dia a dia das edificações já entregues pelas construtoras.
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É crescente o número de síndicos e moradores que investem na adoção de medidas simples, como a coleta seletiva de lixo, com o objetivo de tornar os condomínios mais sustentáveis. Em contrapartida, eles vislumbram a redução das despesas fixas dos empreendimentos e a possibilidade de contribuir para a preservação do meio ambiente.
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Os condôminos do Spazio Campodoro, administrado pela F&F Administradora, estão neste grupo. Há cerca de dois meses, eles seguem regras para o descarte do óleo de cozinha usado, que é doado e recolhido mensalmente por uma empresa que faz o reaproveitamento do produto.
O síndico Thiago Roberto Rodrigues Gonçalves conta que o líquido é armazenado em garrafas pet fechadas com uma tampa especial, fornecida pela empresa, e descartado em um tonel próprio na central de resíduos do empreendimento. “Antes, estas garrafas eram descartadas no lixo comum ou o óleo ia parar na pia, o que a curto prazo entupiria a caixa de gordura e geraria gastos extras para a manutenção do condomínio”, diz.
Lixo reciclável
A destinação adequada do óleo de cozinha não foi a primeira iniciativa sustentável proposta pelo síndico do Spazio Campodoro. Desde setembro de 2015, período pós-entrega das chaves, o condomínio também realiza a coleta seletiva, estimulada pelo grande volume de resíduos gerado durante a mudança.
O empreendimento fechou uma parceria com um coletor que, todos os dias, recolhe os materiais recicláveis e restos de obra e de madeira, além de fazer a limpeza da sala de resíduos.
Outro empreendimento que investe na coleta seletiva é o Prime Class Residence. Além de adquirir os tonéis específicos para o descarte dos lixos orgânico e reciclável, a síndica Adriana Moreira Cruz realizou campanhas para envolver os moradores assim que o empreendimento foi entregue, no fim de 2014.
“No início, o zelador fazia o serviço de separar o lixo. Agora, os materiais recicláveis [doados] são retirados três vezes por semana por uma empresa que faz sua correta destinação”, conta Adriana, que ainda é responsável por recolher e levar até os locais públicos de coleta os resíduos tóxicos, como pilhas e baterias.
Água e energia
Outra preocupação da síndica refere-se ao uso consciente da água e da energia elétrica nas áreas comuns do empreendimento, o que, consequentemente, contribui para a redução das despesas do condomínio.
Por isso, além de substituir as lâmpadas por modelos LED, ela reduziu o tempo em que os sensores de presença mantêm as luzes acesas de cinco para um minuto, evitando o desperdício.
O condomínio também conta com torneiras alimentadas pela água das chuvas para a lavagem das áreas externas, além de outras características de projeto voltadas à sustentabilidade e executadas pela Swell Construções e Incorporações, responsável pela obra.
“A construtora dá as ferramentas, mas os benefícios delas são diretamente proporcionais ao comprometimento dos moradores”, diz Leonardo Pissetti, diretor de empreendimentos da empresa.
Moradores trazem feira livre para dentro do prédio
Promover a vida social e a sustentabilidade das relações entre os condôminos também está entre os objetivos da síndica Adriana Moreira Cruz, responsável pela gestão do Prime Class Residence.
Além das ações que contribuem para a preservação do meio ambiente, a síndica investe em iniciativas que facilitam o dia a dia e aproximam os moradores, como a feira livre que acontece todas as terças-feiras no condomínio.
Realizada há dois meses, a feira teve início com um parceiro que vai até a Ceasa e traz as frutas e verduras para vender no empreendimento. Depois, foi a vez de uma pessoa que vende pastéis passar a integrar o evento. Agora, já há moradores que aproveitam o encontro para vender pães e bolos que produzem.
“É muito legal porque, além de fazer novos amigos, você mantém e cultiva o bom convívio no condomínio. Eu tinha vizinhos que não conhecia e que, hoje, são até parceiros de negócios”, avalia o morador e empresário Carlos Mateus Simões.
Além dos benefícios sociais, a síndica Adriana também enxerga uma “pegada ambiental” na feira, que permite às famílias economizarem o tempo e o combustível que seriam gastos para o deslocamento até um mercado para adquirir os produtos, o que contribui para reduzir o trânsito e a emissão de gases poluentes na cidade.
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