Construído por Manoel Antônio Guimarães Neto para servir de residência de sua família, o Solar dos Guimarães integra um significativo conjunto arquitetônico do setor histórico de Curitiba. As duas construções que compõem o complexo tiveram diversas utilidades ao longo das décadas e atualmente recebem instalações da Fundação Cultural de Curitiba (FCC).
Assim como outros exemplares do patrimônio arquitetônico curitibano, as duas construções datam do final do século 19. A primeira a ser erguida foi o sobrado de tom amarelado. Localizado na esquina das Ruas Treze de Maio e Mateus Leme, o prédio foi construído em pedra e tijolo, com telhado de quatro caídas rodeado por platibanda. As janelas e portas arredondadas dispostas nos três pavimentos do imóvel são os destaques de sua fachada.
SERVIÇO
O Solar dos Guimarães abriga as instalações do Conservatório de Música Popular Brasileira em Curitiba, espaço destinado ao ensino, pesquisa e produção de eventos de música brasileira, popular autoral e folclórica. O conservatório oferece cursos semestrais abertos à comunidade de instrumento, canto, estruturação musical, história da música, didática e prática de conjunto. Além disso, promove workshops e abriga uma fonoteca com mais de 4,5 mil títulos e uma biblioteca especializada em MPB.
Horário de funcionamento: secretaria - das 9h às 12h e das 14h às 18h (2ª a 6ª feira). Cursos – das 9h às 12h e das 13h às 22h (2ª a 6ª feira) e das 9h às 13h (sábado).
Endereço: Rua Mateus Leme, 66 - São Francisco
Informações: (41) 3321-3315 | www.conservatoriodempb.com.br
Segundo Maria Luiza Gonçalves Baracho, historiadora da diretoria de patrimônio histórico, artístico e cultural da FCC, uma hipoteca do sobrado [que resultou na aquisição do imóvel por Agostinho Ermelino de Leão Júnior & Cia] levou Neto a construir ao lado deste o solar que integra o complexo.
Erguido em alvenaria de tijolos com traços da arquitetura eclética – predominante do período –, o prédio tem entrada lateral por uma varanda. O sótão e porão alto, também característicos das construções centenárias, estão presentes na construção, que serviu de residência dos Guimarães até o início do século 20, quando passou a ser alugada.
Comércio e serviços
O primeiro uso comercial do solar ocorreu no final dos anos 20, quando funcionou nele uma escola de música. “Na década de 70 um colégio se estabeleceu no imóvel, que no início dos anos 80 estava abandonado”, conta Maria Luiza.
O sobrado da esquina também abrigou diversos estabelecimentos. Em 1905, recebeu a Casa Ivaí e depois serviu de sede para a tipografia da família Locker. Nos anos 30, o casarão foi transformado no Hotel São José e depois recebeu as instalações do Hotel do Machado. No final dos anos 1970, o prédio sofreu um incêndio e ficou parcialmente destruído. Após o incidente, as construções foram desapropriadas pela prefeitura.
Vida cultural
Após obras de restauro, os prédios ganharam vida nova e passaram a abrigar diferentes instalações da Fundação Cultural. A primeira delas foi a Casa da Memória, que permaneceu no solar entre os anos 1985 e 1993. Em 2009, o prédio foi sede do Centro de Estudos Multimeios – voltado à formação em música eletrônica e mídias digitais – e posteriormente serviu de ponto de encontro dos voluntários da Copa do Mundo. Hoje, a construção está sendo preparada para receber cursos de formação continuada de funcionários da FCC.
O sobrado da esquina, por sua vez, abriga desde 1992 o Conservatório de Música Popular Brasileira, destinado à pesquisa, ensino e produção de eventos artístico-culturais na área da música brasileira, popular autoral e folclórica.
Conanda aprova aborto em meninas sem autorização dos pais e exclui orientação sobre adoção
Piorou geral: mercado eleva projeções para juros, dólar e inflação em 2025
Brasil dificulta atuação de multinacionais com a segunda pior burocracia do mundo
Dino suspende pagamento de R$ 4,2 bi em emendas e manda PF investigar liberação de recursos
Deixe sua opinião