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Circuito interno de tevê: o indicado é que as imagens sejam transmitidas a uma central de monitoramento | Antônio Costa/Gazeta do Povo
Circuito interno de tevê: o indicado é que as imagens sejam transmitidas a uma central de monitoramento| Foto: Antônio Costa/Gazeta do Povo

Segurança

Aprenda a prevenir o seu condomínio de invasões:

> Selecione bem seus funcionários, atentando para antecedentes criminais e referências profissionais. Não esqueça de checar o motivo de saída dos empregos anteriores.

> Não fale de suas conquistas materiais perto de estranhos, tais como venda de bens (carros e imóveis), viagens, aumento salarial ou mesmo presentes como jóias.

> Verifique se a portaria, garagem, calçadas, escadas, áreas de serviço, corredores e entradas estão bem iluminados 24 horas por dia, o que ajuda a inibir a ação de bandidos.

> Procure sempre uma empresa especializada para montar um plano de segurança personalizado. Segundo dados do setor, a cada cem tentativas de furtos em imóveis com alarmes, 94% fracassam. Em condomínios horizontais, além do sistema de segurança do condomínio, é possível instalar um sistema de alarme monitorado 24 horas nas residências.

> Invista em treinamento e capacitação de funcionários e na orientação contínua dos moradores. De nada adianta ter um ótimo sistema de segurança se funcionários e moradores não estiverem preparados para lidar com ele e não tiverem orientações sobre atitudes preventivas.

> Não esqueça de conferir em contrato e cobrar da empresa a manutenção preventiva dos equipamentos de segurança eletrônica (inclusive das baterias que funcionam em caso de apagão).

> Faça a blindagem da guarita onde fica o porteiro, que, em caso de ocorrência, será o primeiro a sinalizar a empresa de segurança eletrônica e os moradores que existe uma situação de emergência.

> Cheque se as caixas de correio estão localizadas em áreas bem iluminadas e com travas que previnam contra o roubo ou furto de correspondências. Muitos criminosos utilizam correspondências para coletar dados sobre os moradores e terem acesso facilitado ao interior do condomínio.

> Para o caso de imóveis alugados, busque sempre referências sobre a reputação do locatário. Este deve estar sempre atento para resolver rapidamente problemas de manutenção, em especial luzes queimadas (sombras proporcionam esconderijos para criminosos).

Fonte: Siemens e Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba

Moradores rendidos, um a um, em uma área comum do condomínio enquanto assaltantes fazem a limpa de alguns apartamentos. Esse tipo de crime, batizado de "arrastão", vem ocorrendo com mais frequência em São Paulo – em dois meses foram cinco ocorrências, enquanto em 2008, ao todo, foram sete, segundo a Folhapress. Em pelo menos dois episódios, um no bairro de Perdizes e outro no Brás, os assaltantes tinham o controle do portão dos condomínios e sabiam da rotina dos moradores e funcionários dos prédios.

Em Curitiba, não é comum esse tipo de crime nem há estatísticas que separem as ocorrências dos condomínios do restante dos assaltos, de acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública. No entanto, o comportamento que facilita a entrada de criminosos em condomínios é o mesmo por aqui: descuido ou até conivência de funcionários e moradores, além de sistemas obsoletos.

O delegado titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba, Luiz Carlos de Oliveira, diz que nos últimos dois meses houve dois assaltos a apartamentos na cidade. Nos dois casos os bandidos tinham informações privilegiadas, como a existência de dinheiro guardado nas residências. "Esse tipo de informação é dada por pessoas próximas para quem a vítima abriu demais sua privacidade. Muito da prevenção contra esse tipo de assalto está em manter fatos econômicos como uma promoção no trabalho ou a venda de bens em segredo e também em escolher bem as pessoas que são colocadas dentro de casa ou do condomínio". Essa escolha passa por checagem de antecedentes criminais e referências profissionais anteriores (incluindo o motivo de saída) do futuro funcionário.

Para o delegado, mais um item faz a diferença na segurança do condomínio: o bom relacionamento com o vizinho. "As pessoas que vivem em prédio tendem a se isolar ainda mais dos vizinhos. Só moradores que se conhecem e sabem um pouco da rotina um do outro conseguem identificar um barulho ou uma movimentação estranha e acionar a polícia. Por isso minha recomendação é: converse com o seu vizinho."

Equipamentos e treinamento

O diretor da área de Building Technologies da Siemens, empresa que produz sistemas de monitoramento 24 horas, César Almeida, diz que alguns equipamentos de segurança já estão ultrapassados frente à "evolução" da bandidagem. Um exemplo disso são os circuitos internos de televisão – presentes em parte dos edifícios invadidos em São Paulo – que não intimidam mais. "Os criminosos já sabem que têm de destruir a câmera e pegar a fita ou DVD com as imagens. A única forma de se proteger hoje é tendo as imagens enviadas para uma central de monitoramento e armazenamento fora do prédio."

Outro dispositivo que tem se mostrado essencial em casos como os arrastões de São Paulo é o chamado botão de pânico que, quando acionado por um morador ou funcionário em perigo, avisa todo o prédio sobre um risco iminente, fazendo com que as pessoas deixem de circular e avisem os familiares para não virem para casa. "Essa atitude evita que mais moradores e visitantes sejam vítimas dos assaltantes que estão agindo no condomínio", explica Almeida. Ele ressalta, entretanto, que toda essa tecnologia não adianta em nada caso os funcionários e moradores do condomínio não estejam habituados com os procedimentos de segurança. "Muitas vezes a empresa faz as recomendações na época da instalação e daí para frente as informações e procedimentos vão se perdendo. Assim, mesmo que os equipamentos recebam manutenção correta, a falha humana coloca tudo a perder".

A empresa

A escolha da prestadora de serviço de segurança eletrônica passa por alguns critérios que vão garantir a eficiência do sistema. O presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Eletrônica do Paraná (Siese-PR), Rogério Reis, aconselha que a melhor forma de escolher a empresa é verificar se é associada ao órgão (www.siese-pr.com.br), se tem boas referências, se possui mais de uma central ou mesmo um sistema de emergência em caso de apagão (isso é importantíssimo já que é essa central que recebe as imagens e alertas dos clientes) e se há funcionários suficientes para atender aos chamados. Tudo checado pessoalmente. "É muito fácil vender esse tipo de serviço à distância, montar um site bonito e impressionar o cliente. Por isso, é importante a visita pessoalmente à empresa e também a alguns de seus clientes. O preço não deve ser o item mais importante de escolha. Montar um sistema de monitoramento não é como instalar uma tevê a cabo no condomínio.

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